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Geral “Infelizmente é sempre o pai, padrasto, o entorno”, diz delegada sobre casos de violência sexual contra crianças e adolescentes

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A violência sexual foi o quarto tipo de ocorrência mais frequente contra esta parcela da população. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Os números assustam: só em 2021, 47 mil crianças e adolescentes foram vítimas de violência sexual, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

A repórter Danielle Zampollo, do programa Profissão Repórter, da TV Globo, foi à sede da Polícia Civil de São Paulo para ver de perto o trabalho da Divisão de Capturas. A delegada Ivalda Aleixo, que comanda a equipe de 50 policiais, responsável pelas prisões de acusados e condenados pela Justiça, falou sobre os desafios enfrentados por eles e dos casos envolvendo menores – dos 200 mandados de prisão recebidos por semana pela divisão, oito são de violência sexual contra crianças e adolescentes.

“Infelizmente é o pai, é o padrasto ou é alguém da família, o vizinho. É sempre o entorno. Chegou um mandado de prisão de crimes de estupro de vulnerável, a gente já monta a equipe e vai para cima. A nossa missão aqui é investigar para achar o autor antes de sair”, diz a delegada.

Para conseguir localizar os acusados ou condenados, eles cruzam informações de vários tipos, desde GPS até publicações em redes sociais. No entanto, muitas vezes o alvo não é encontrado. Em uma semana, foram cinco buscas e nenhuma das cinco foi bem-sucedida. O cenário só mudou após uma grande operação, que conseguiu cumprir sete dos 27 mandados de prisão que haviam sido expedidos.

Em uma das saídas, por exemplo, os policiais só encontraram a mãe e a ex-mulher de um homem que teve a prisão preventiva decretada. Elas disseram que ele, que é acusado pela nora de estuprar a neta, que acabou engravidando, havia ido há dois anos para a Bahia.

Casos

No ano passado, no Brasil, foram registrados 47 mil casos de violência sexual contra crianças e adolescentes – 45 mil estupros, quase 2 mil casos de pornografia infanto-juvenil e mais de 700 denúncias de exploração sexual.

Já o número de mortes violentas de crianças caiu 15% no período. Esta queda de mortes segue a tendência nacional, já que o país teve uma diminuição de 6% no número de mortes violentas de uma forma geral. Este indicador inclui homicídios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes cometidas pela polícia.

De forma geral, mesmo com esta queda, o Anuário destaca que as crianças e os adolescentes são vítimas de violência de forma rotineira. “São abusos de todas as ordens, desde o abandono, o vexame e a humilhação, a violência física dentro do ambiente doméstico, os abusos sexuais (…), culminando, infelizmente, em casos inconcebíveis de assassinatos de crianças e adolescentes.”

“Vislumbrar um futuro mais seguro para essa geração não é uma tarefa fácil, mas que certamente passa por um melhor diagnóstico dos registros criminais e da atuação dos atores da segurança pública nesses casos, sobretudo de forma preventiva.” As informações são do programa Profissão Repórter e do portal de notícias G1.

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