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Brasil Inflação acumulada em 12 meses atinge 8,47% e é a maior desde 2003

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Energia elétrica constitui-se em um dos principais itens na despesa das famílias do País. (Foto Robson Fernandes/AE)

A inflação oficial brasileira, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), teve aceleração em maio, e chegou a 8,47% em 12 meses. É a maior taxa desde dezembro de 2003 (9,3%). Esse patamar, inclusive, já havia sido atingido no mês anterior.

“O avanço é basicamente por causa de preços administrados e, por dentro, da energia elétrica, embora tenha contribuição dos alimentos”, disse Eulina Santos, coordenadora de índice de preços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A instituição divulgou os dados nesta quarta-feira.

Quando considerado apenas o mês de maio, a alta foi de 0,74%, acima da apresentada em abril (0,71%). O valor é alto para o mês – o maior desde maio de 2008 (0,79%), quando os alimentos pressionaram a inflação no País.

Naquele período, a economia brasileira sofria os efeitos da crise decorrentes das incertezas do primeiro governo Lula. Os dados superam a expectativa de analistas do mercado consultados pela agência internacional Bloomberg, que projetavam o IPCA em 0,59% em maio e de 8,30% em 12 meses.

Nos cinco primeiros meses do ano, a inflação acumulou alta de 5,34%, a taxa mais alta desde maio de 2003 (6,80%).

“A gente pode dizer que é uma inflação dos itens administrados [referindo-se ao acumulado do ano]. Não só energia, mas também gasolina, ônibus, taxa de água e esgoto, efeitos também de serviços, os aluguéis aumentando, transporte. Nós temos uma inflação de itens monitorados, que têm por consequência deixado mais caro para comer, para morar e também do ponto de vista do deslocamento nos transportes”, explicou Eulina.

A meta central do governo federal para a inflação no País neste ano e em 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
No entanto, se o índice continuar subindo, a inflação deverá superar o teto do sistema de metas já neste ano, segundo os analistas de mercado. Algo assim não acontece, no País, desde 2003.

Energia elétrica

A taxa de energia elétrica foi a principal responsável pela alta. Só ela responde por 0,11 ponto percentual do índice do mês. O item subiu 2,77% em maio. A energia constitui-se em um dos principais itens na despesa das famílias, com participação de 3,89% na estrutura de pesos do IPCA.

De acordo com o IBGE, com a alta de maio e dos meses anteriores, o consumidor passou a pagar, neste ano, 41,94% a mais, em média, pelo uso da energia, enquanto nos últimos 12 meses, as contas de luz ficaram 58,47% mais caras.

“Então, a família que pagava 100 reais em abril de 2014, uma conta [de luz] nesse valor, está pagando 160 reais para manter o mesmo consumo [hoje] de quilowatts que consumia”, explicou Eulina.

Ainda dentro do grupo Habitação, onde está a conta de luz, pesaram na inflação de maio gás de botijão (1,31%), taxa de água e esgoto (1,23%), condomínio (0,89%), aluguel residencial (0,66%) e artigos de limpeza (0,65%). “O grupo está com a taxa de inflação a 11,50%, e em 12 meses, 17,59%. Não é só a energia, mas a taxa de água esgoto, o aluguel, o condomínio”, disse a coordenadora do IBGE.

Eulina citou ainda a importância do aumento dos preços dos jogos de azar, incluindo ali os jogos lotéricos. “Fora os alimentos, nós relacionamos outros itens que pressionaram a taxa do mês. Então, a gente tem liderando os jogos de azar, alguns tiveram aumento bem forte a partir do dia 18 de maio. A alta foi grande, mas se comparar com energia elétrica, o peso dos jogos é 0,36%.”

Selic
No início de junho, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) elevou a taxa básica de juros Selic para 13,75% ao ano, o maior nível desde janeiro de 2009.

Naquele ano, o BC iniciava um processo de corte da taxa básica de juros para reanimar a economia. Apesar disso, economistas consultados pelo BC só aumentaram nas últimas oito semanas a previsão de inflação para 2015. A taxa prevista atualmente é de 8,46%. (AG)

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https://www.osul.com.br/inflacao-acumulada-em-12-meses-atinge-847-e-e-a-maior-desde-2003/ Inflação acumulada em 12 meses atinge 8,47% e é a maior desde 2003 2015-06-11
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