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Por Redação O Sul | 7 de novembro de 2015
OIPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial do País, ficou em 0,82% em outubro, acelerando frente ao 0,54% registrado em setembro. Foi a maior taxa para meses de outubro desde 2002, quando fixou 1,31%. O resultado divulgado nessa sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também ficou acima do 0,42% auferido no mesmo mês de 2014. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação chega a 9,93%, o mais alto desde 2003. E, no ano, soma 8,52%, o maior patamar desde 1996, quando o índice ficou em 8,70%.
A coordenadora dos Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes, explicou que o resultado geral do Brasil em 12 meses quase encostou nos dois dígitos, foi por um triz. A especialista observou que olhando individualmente os Estados, cinco deles ultrapassaram os 10%, penalizando ainda mais a população.
Segundo Eulina, o índice baterá nos dois dígitos até o fim de 2015: “O que se espera para este mês são altas em alguns itens monitorados. O que mais impacta são os combustíveis e a energia elétrica. Os dois dígitos estão perto e dependerá do resultado dos dois últimos meses, que em 2014 foram altos”.
MAIS POBRES
A alta dos preços dos alimentos pesou no orçamento das famílias mais pobres em outubro e empurrou o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para 10,33% em 12 meses. O indicador avançou 0,77% no mês passado, influenciado sobretudo pela alta dos alimentos. (AG/Folhapress)