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Brasil Inflação já deve estourar nesta semana a meta no novo sistema de medição

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A meta para o IPCA definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) é de 3% para 12 meses. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Com a divulgação, nesta semana, do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de junho, a inflação brasileira deverá ultrapassar o teto da meta no acumulado de 12 meses, que é de de 4,5%, pela nona vez consecutiva.

Até o ano passado, a obediência à meta de 12 meses era medida sempre ao final de dezembro. Porém, um novo sistema implementado em 2025 tornou essa checagem mensal, obrigando o Banco Central brasileiro, responsável por manter os preços sob controle, a se explicar quando o descumprimento se der por seis vezes seguidas.

Especialistas e agentes do mercado financeiro preveem que a inflação acumulada em 12 meses vai furar o limite da meta pela nona vez seguida em junho. A projeção média de analistas é de que o IPCA registrará uma variação de preços de 0,25% em junho. Caso esse número seja confirmado na divulgação do próximo dia 10, a inflação acumulada em 12 meses será de 5,36%. Apenas uma deflação superior a 0,57% impediria o estouro da meta.

A meta para o IPCA definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) é de 3% para 12 meses. Existe uma tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Descumprimento por seis meses consecutivos, que obriga o BC a se explicar, será o primeiro desde a adoção do novo modelo de metas. O novo sistema estabelece que a meta seja aferida mensalmente pelas variações do IPCA no acumulado dos 12 meses. Caso o rompimento do intervalo persista por seis meses seguidos, o BC precisa se justificar e dar um prazo para devolver a inflação à meta.

Estouro prolongado é explicado pelo aquecimento da economia. O recente avanço da atividade econômica, o desemprego no menor nível da história, o aumento da concessão de crédito e a adoção de medidas fiscais expansivas influenciaram a manutenção do IPCA acima do teto da meta nos últimos meses. Os especialistas ouvidos pelo UOL explicam que o cenário é determinante para elevar a demanda por bens e serviços e estimular a inflação.

“O principal responsável pelo descumprimento da meta é um quadro de superaquecimento da atividade que, na ausência de choques que o compensassem, resultou em descumprimento da meta agora e, provavelmente, levará ao descumprimento ainda pelos próximos 12 ou 18 meses”, diz Homero Guizzo, economista da Terra Investimentos.

A meta foi descumprida três vezes nos últimos quatro anos. O estouro no modelo contínuo vai repetir o cenário observado em 2021, 2022 e 2024. Nos três anos, a inflação superou o limite em, respectivamente, 4,81 pontos percentuais (10,06%, ante teto de 5,25%), 0,79 ponto percentual (5,79%, ante limite de 5%) e 0,33 ponto percentual (4,84, ante teto de 4,5%).

Alimentos assumiram o papel de vilões das famílias neste ano. A inflação da comida acumula alta de 3,88% de janeiro a maio e de 7,33% em 12 meses. Também pesou para o desempenho recente do IPCA o retorno do custo extra sobre as contas de luz. As informações são do portal UOL.

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