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Mundo Inflação nos Estados Unidos chegou a 7,9% em fevereiro, índice recorde em 40 anos

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Economia do país também sofre os efeitos de fatores como o aumento do preço da gasolina. (Foto: Reprodução)

Impulsionada principalmente pelo aumento do preço da gasolina após o início da guerra na Ucrânia, a inflação nos Estados Unidos atingiu em fevereiro um novo recorde: 7,9% nos 12 meses até fevereiro, maior índice acumulado desde janeiro de 1982.

Na comparação com o mês anterior, a alta de preços foi de 0,8%, de acordo com dados oficiais do Departamento de Trabalho reproduzidos pelas autoridades econômicas norte-americanas.

O preço da gasolina explica quase um terço dessa aceleração, com alta de 6,6% em relação a janeiro. O petróleo Brent, principal referência internacional, já acumula alta de mais de 45% no ano. Na quinta-feira, era negociado acima de US$ 115.

A inflação têm persistido bem acima da meta de 2% do Federal Reserve (Banco Central do país). Há no momento a expectativa de que a instituição comece a aumentar os juros nos próximos dias, a fim de conter a inflação. Para se ter uma ideia, apenas no segmento de crédito os analistas projetam até o fim do ano uma série de sete altas nos custos relativos a empréstimos.

Em relatório divulgado de forma separada, o Departamento do Trabalho também informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 11 mil na análise ajustada de forma sazonal, contemplando cerca de 227 mil cidadãos com o benefício na semana encerrada em 5 de março.

Crise

Ainda não recuperada dos impactos da pandemia de coronavírus, a economia mundial voltou a ser ameaçada pela invasão russa da Ucrânia. Também tem pesado a explosão do preço das matérias-primas, acabando com as esperanças projetadas no início do ano.

A guerra ocorreu em um momento em que a Europa e os Estados Unidos estavam desfrutando uma excelente recuperação”, lamenta uma fonte ligada ao Federal Reserve.

Em apenas duas semanas, o conflito no Leste do Velho Continente “aumentou consideravelmente” os riscos à economia, admitiu a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. Ele inclusive reduziu em 0,5 ponto sua previsão de crescimento para a zona do euro em 2022, agora em 3,7%.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) também alertou que reduzirá seus próximos prognósticos, enquanto a agência de classificação de riscos S&P Global previu um declínio de 0,7 ponto no crescimento mundial, para 3,4%, devido ao colapso esperado do Produto Interno Bruto (PIB) russo e dos preços da energia.

Incluindo-se o impacto na conta de energia, o acolhimento de refugiados e o apoio em dinheiro, a guerra deve custar até 175 bilhões de euros à União Europeia, calcula o economista Jean-Pisani Ferry, do Instituto Bruegel.

“Ainda não há razão para temer grandes recessões, mas há um risco real de estagflação, fenômeno que ocorre quando o crescimento fraco é acompanhado por inflação alta”k, acrescenta.

“Estamos diante de um choque do petróleo, ao qual se soma um choque de gás, um choque de eletricidade. Nunca vimos essa concomitância, e trata-se apenas de energia”, finaliza.

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