Terça-feira, 14 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2016
Um inquérito da Operação Lava-Jato em tramitação no STF (Supremo Tribunal Federal) investiga a atuação de parlamentares do COI (Comitê de Obras Irregulares) do Congresso, vinculado à Comissão Mista de Orçamento, entre os anos de 2011 e 2015. A suspeita é de que empreiteiras possam ter sido favorecidas na fase de elaboração da lista de obras do governo que contêm indícios de irregularidades graves, uma atribuição anual do COI. O despacho integra um inquérito conduzido pela PF e pela Procuradoria-Geral da República que ainda está em segredo.
A Polícia Federal pediu que a Câmara forneça “nomes dos parlamentares, assessores, além dos funcionários, que integraram o COI entre os anos de 2011 e 2015”.
A base das investigações é a delação premiada do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa. Ele delatou supostos pagamentos de propina que serviram para garantir à UTC contratos de obras da usina nuclear Angra 3.
A partir dos depoimentos dele, o STF autorizou um inquérito para investigar o senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, e o advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz. Lobão é suspeito de pedir propina para dar os contratos à UTC de Angra 3.
O advogado é acusado de vender informações privilegiadas ao empreiteiro a respeito do processo da usina no TCU.