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Por Redação O Sul | 15 de maio de 2015
As inscrições para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2015 serão realizadas entre os dias 25 de maio e 5 de junho com taxas mais caras. As informações sobre as provas foram anunciadas pelo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, nessa quinta-feira, em Brasília (DF).
O ministro afirmou que a publicação do edital com todas as regras será feita nesta segunda-feira no Diário Oficial da União. As provas estão marcadas para 24 e 25 de outubro em todo o País.
Inscrições
Para quem não conseguir isenção, a inscrição só será confirmada após o pagamento da taxa de 63 reais até as 21h59min do dia 10 de junho. O valor a ser pago pelos aspirantes a uma vaga na universidade sofreu aumento (80%) pela primeira vez em mais de dez anos. Até 2014, o valor era 35 reais. Estudantes da rede pública no último ano do ensino médio estão automaticamente isentos. Além deles, podem obter isenção candidatos que comprovarem carência, segundo as regras do edital.
Mudanças e economia
O MEC (Ministério da Educação) busca economia de até 20% no custo do Enem 2015. O valor alcançado pode ser de ao menos 90 milhões de reais com o aumento da taxa de inscrições, medidas contra faltas e mudança no envio do cartão de inscrição, que agora deverá ser baixado na internet. “Nossa meta principal é fazer o Enem, não fazer economia. Mas, se for possível, vamos fazer economia”, disse Ribeiro. A estimativa é que o custo médio da prova por estudante seja de 52 reais.
Justificativa
O ministro defendeu o reajuste da taxa após dez anos. “Tudo subiu na sociedade e esse valor está o mesmo desde muito tempo”, informou Ribeiro. Ele afirmou ainda que o reajuste considerou a variação inflacionária no período. Haverá economia também com o envio dos cartões de inscrição. Serão poupados 20 milhões de reais apenas com o envio virtual da confirmação, de acordo com o ministro.
Punição por faltas
Outra medida que reduzirá custos será o corte da isenção para alunos que forem liberados da taxa e faltarem ao exame deste ano. Quem se abster em 2015 terá obrigatoriamente que pagar a inscrição em 2016. “Uma pessoa não pode ter isenção graças a recursos que a sociedade está pagando, e jogar isso fora. Há uma responsabilidade moral que é preciso assumir. E no escopo educacional, a ética é fundamental. Educação é também ter responsabilidade com os próprios atos”, afirmou o ministro.
Sessenta e cinco por cento dos faltosos do Enem de 2014 eram alunos isentos, segundo o secretário executivo do MEC, Luiz Claudio Costa. A estimativa é que quase 60 milhões de reais serão poupados com o pagamento de inscrições por estudantes que antes estavam isentos.
(Filipe Matoso/AG)