Por Redação O Sul | 8 de dezembro de 2025
Abel Braga foi responsável por um novo milagre colorado, conduzindo o Inter à permanência na Série A
Foto: Ricardo Duarte/InternacionalO Inter chegou à última rodada do Campeonato Brasileiro em clima de decisão. Neste domingo (7), diante do Red Bull Bragantino, no Beira-Rio, em Porto Alegre, o Colorado precisava de uma vitória e de resultados paralelos para escapar de uma queda considerada previsível. A esperança estava na força do estádio e na memória de noites que ficaram marcadas como verdadeiros “milagres colorados”.
E o roteiro de milagres se repetiu. Com gols de Mercado, Alan Patrick e Carbonero, o Inter venceu o Bragantino por 3 a 1 no Beira-Rio e cumpriu sua parte na missão. Mas a permanência tem nome e sobrenome: Abel Carlos da Silva Braga. O treinador retornou para comandar o time nas duas últimas rodadas do Brasileirão e foi ovacionado pela torcida ao apito final, símbolo da esperança e da tradição colorada.
Para completar o desfecho dramático, os resultados paralelos vieram como presente: o Fortaleza caiu diante do Botafogo por 4 a 2 no Nilton Santos, e o Ceará foi derrotado pelo Palmeiras por 3 a 1 em pleno Castelão. A combinação perfeita selou a salvação histórica do Colorado, reforçando mais uma vez a mística do Beira-Rio como palco de superações improváveis e noites inesquecíveis.
Um dos capítulos mais emblemáticos aconteceu na final da Copa do Brasil de 1992. Após perder o jogo de ida para o Fluminense por 2 a 1 no Rio de Janeiro, o Inter precisava vencer por dois gols de diferença ou levar a decisão para os pênaltis. No Beira-Rio, em uma partida dramática, venceu por 1 a 0, com gol de pênalti de Célio aos 38 minutos do segundo tempo. O resultado garantiu o primeiro título nacional do clube e ficou marcado como um “milagre” diante da tensão e da superação.
Mais recentemente, nas oitavas de final contra o Colo-Colo, o Inter havia perdido a ida no Chile por 2 a 0. No jogo de volta, no Beira-Rio, precisava reverter o placar. Com apoio maciço da torcida, venceu por 4 a 1, com gols de Alan Patrick, Edenilson, Alemão e Pedro Henrique, garantindo a classificação para as quartas de final. A virada foi celebrada como mais um “milagre” no templo colorado.
Outras noites épicas
Recopa Sul-Americana 2007: derrota por 2 a 1 para o Pachuca no México e goleada por 4 a 0 no Beira-Rio para conquistar o título.
Libertadores 2010: após perder por 3 a 1 para o Banfield na Argentina, o Inter venceu por 2 a 0 em casa e avançou pelo critério do gol qualificado, em campanha que culminaria no bicampeonato da América.
Essas histórias reforçam a mística do Beira-Rio como palco de batalhas épicas, onde o impossível se torna realidade. A vitória sobre o Bragantino e a permanência na Série A entram para essa galeria de milagres, mantendo viva a chama da tradição colorada de nunca se entregar diante das adversidades.
