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Brasil Intrigas, traições, vazamento de gravações e troca de ofensas: entenda a crise no partido do presidente Bolsonaro

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Bolsonaro afirmou que a proposta atinge municípios que estão no “negativo”. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Há duas semanas, a crise entre o PSL de Luciano Bivar e a ala bolsonarista do partido não dá trégua. Desde o último dia 8 de outubro, quando um vídeo em que o presidente Jair Bolsonaro recomenda a um apoiador que “esqueça” a legenda viralizou, deputados, líderes e dirigentes vivem um clima de UFC entre gravações, áudios e guerras de listas que pode acabar em punição ou até mesmo expulsão de Eduardo Bolsonaro e outros 18 parlamentares da sigla.

Nesta terça-feira (22), em novo capítulo da confronto, o Diretório Nacional inicia o processo para eleger os membros do Conselho de Ética que vão analisar o comportamento dos bolsonaristas em mais um contra-ataque do grupo bivarista, após uma nova batalha de listas para o cargo de líder.

8 de outubro

A um apoiador na entrada do Palácio da Alvorada, o presidente disse para esquecer o PSL e que o presidente da legenda, Luciano Bivar (PE), está “queimado para caramba”. Em resposta, Bivar disse que Bolsonaro já estava afastado da sigla: “A fala dele foi terminal, ele já está afastado. Não disse para esquecer o partido? Está esquecido”.

O partido chegou a  convocar uma reunião emergencial na Câmara com deputados e senadores para avaliar os desgastes após a declaração do presidente Bolsonaro. Aliados do presidente também começaram a se articular para a criação de um novo partido.

10 de outubro

O  PSL puniu quatro deputados após o começo da crise entre Jair Bolsonaro e Luciano Bivar, presidente do partido. Estavam na mira os 19 parlamentares que assinaram uma carta declarando solidariedade ao presidente da República. Carlos Jordy (RJ), Filipe Barros (PR), Alê Silva (MG) e Aline Sleutjes (PR) perderam suas titularidades em comissões e cargos nas lideranças do partido.

11 de outubro

Em seguida, Bolsonaro, junto de um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro, e mais 20 deputados pediram a Luciano Bivar que abra todas as contas partidárias dos últimos cinco anos. No documento dirigido ao presidente do PSL, os advogados Karina Kufa e Marcello Dias de Paula, que assinam o texto, afirmam que submeterão as contas do PSL a uma auditoria “externa” e “independente”.

15 de outubro

Bivar foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga o lançamento de candidaturas laranjas pelo partido no estado de Pernambuco. Os agentes vasculharam endereços ligados a ele, entre eles a sua residência e uma gráfica usada na campanha de 2018. A operação foi deflagrada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco.

16 de outubro

Uma disputa entre os grupos do presidente Jair Bolsonaro e do presidente da sigla, Luciano Bivar, em torno da destituição do líder do partido na Câmara, delegado Waldir (GO) deu início a uma guerra de listas. Os ligados a Jair Bolsonaro formalizaram um pedido para tirar Delegado Waldir (GO) do posto – a ideia era que Eduardo Bolsonaro (SP) fosse o novo líder. Os aliados de Bivar, porém, reagiram logo com um segundo pedido. Ao todo, três relações foram analisadas no dia, mantendo o então líder no cargo.

17 de outubro

Em crise com o presidente Jair Bolsonaro, o então líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), retirou cinco deputados bolsonaristas da vice-liderança da legenda. Daniel Silveira (RJ), Cabo Junio Amaral (MG), Caroline de Toni (SC), Filipe Barros (PR) e Chris Tonietto (RJ) perderam seus postos como vice-líderes. Com isso, eles perderam o direito também a assessores da liderança, que tinham antes.

No mesmo dia, Bolsonaro resolveu retirar a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) da liderança do governo no Congresso e colocou no cargo o senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

18 de outubro

A Executiva do PSL suspende cinco deputados federais: Carla Zambelli (SP), Bibo Nunes (RS), Carlos Jordy (RJ), Filipe Barros (PR) e Alê Silva (MG). Segundo o líder da legenda na Câmara, Delegado Waldir (GO), eles não poderão participar de qualquer atividade partidária. Isso inclui a possibilidade de assinar qualquer lista para a troca de liderança da sigla.

O presidente Jair Bolsonaro acionou a Advocacia-Geral da União para processar criminalmente o líder do próprio partido na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir. A iniciativa foi motivada pelas revelação de declarações do parlamentar de que ele iria “implodir” Bolsonaro, o que teria sido visto como uma ameaça pelo Planalto. Também pesou na decisão a fala de Waldir chamando o presidente de “vagabundo”.

21 de outubro

Em meio à disputa entre o grupo do presidente Jair Bolsonaro e do presidente do PSL, Luciano Bivar, o líder do governo na Câmara, deputado Vitor Hugo apresentou mais uma lista com pedido de alteração na liderança do partido na Casa. Mais uma vez, ele encabeça um movimento para tornar o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) líder da legenda.

No mesmo dia, aliados do deputado Delegado Waldir (GO) preparam uma nova lista para tentar retomar a liderança do PSL. A assessoria de Waldir divulgou um vídeo no qual ele reconhece que há um novo líder do partido na Câmara. A gravação, porém, foi feita sem que seu grupo soubesse da lista pró Eduardo Bolsonaro. O vídeo era dentro de um acordo no qual um terceiro nome fosse alçado à liderança.

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