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Mundo Investidores usam satélite para espionar a China diante da falta de credibilidade das estatísticas daquele país

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(Foto: Reprodução)

Diante da falta de credibilidade das estatísticas chinesas e do temor de uma desaceleração brusca do PIB (Produto Interno Bruto) do país, os investidores estão recorrendo aos céus. Ou melhor: ao espaço. A empresa SpaceKnow, baseada em São Francisco (EUA), lançou um índice que mede a atividade econômica da China a partir de imagens de satélite.

O SMI (sigla para Satellite Manufacturing Index) usa um algoritmo para comparar fotos de mais de seis mil áreas industriais da China a identificar mudanças visuais, como aumento do estoque visível ou ampliações de fábricas. São usadas imagens que cobrem mais de 500 mil quilômetros quadrados do país, e o arquivo de imagens remonta a 14 anos.

“Temos um olhar independente sobre as instalações industriais na China usando uma metodologia completamente diferente”, afirma o diretor-executivo da SpaceKnow, Pavel Machalek. “Não realizamos pesquisas, nosso índice é totalmente objetivo e autômato, a partir de milhares de locais na China.”

Machalek, que nunca visitou o país asiático, disse que sua empresa tem atraído o interesse de fundos de investimento, que buscam estatísticas mais apuradas sobre a economia chinesa. Muitos clientes procuram informações sobre instalações específicas e pedem modelos customizados de medição.

O índice mais usado por analistas para acompanhar a atividade industrial na China é o PMI (Purchasing Management Index), baseado em entrevistas com gerentes industriais, que são perguntados se as condições do mercado melhoraram ou pioraram, levando a um resultado que varia de zero a 100. Um número abaixo de 50 indica contração. Já um PMI acima de 50 é interpretado como expansão da economia.

Comparado ao índice tradicional, o SMI mostra a mesma tendência de desaquecimento da economia. O SMI ficou em 48,2 pontos em fevereiro, ligeira alta em relação a janeiro. O PMI oficial caiu para 49 em fevereiro.

Inovações não param por aí.

Recorrer a satélites para medir a economia não é novidade. O Bird (Banco Mundial) usa imagens do espaço para acompanhar a situação em países menos desenvolvidos. No Sri Lanka, por exemplo, o Bird trabalha em parceria com a Orbital Insigth, uma start-up baseada em Palo Alto (EUA).

Na China, as inovações em estatística não param por aí. O Baidu, maior ferramenta de buscas na internet do país, também começou a publicar estatísticas econômicas com base nas informações mais procuradas. O índice leva em conta informações georreferenciadas, a partir da localização dos usuários de smartphones.

Machalek quer lançar ainda seu índice para outros países, como a Índia. A iniciativa pode ajudar o presidente do Banco Central indiano Raghuram Rajan, que recentemente lamentou publicamente da precariedade das estatísticas econômicas no país. Além de medir o comportamento do PIB, a SpaceKnow está criando índices para acompanhar o desenvolvimento da infraestrutura e o crescimento urbano, e também pretende começar por China e Índia. (AG)

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