Segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de janeiro de 2016
Em caráter reservado, investigadores da Operação Lava-Jato da PF (Polícia Federal) concordam com os advogados de defesa de Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado: não partiu de uma decisão espontânea do filho do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, a decisão de gravar a conversa que resultou na prisão do parlamentar, no dia 25 de novembro do ano passado, por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
Ao analisar os métodos de gravação e a maneira pela qual Bernardo Cerveró conduziu a conversa que serviu de prova para incriminar Delcídio, os agentes da PF não teriam descartado a hipótese de um “flagrante” obtido mediante a orientação de terceiros. Há, inclusive, quem utilize até a palavra “armação” para definir a logística que envolveu o episódio.
Condenado a 12 anos e três meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, Cerveró aderiu à delação premiada depois que seus defensores apresentaram o áudio, contendo diálogo em que o senador ofere plano internacional de fuga para o ex-dirigente. (Folhapress)