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Mundo Irã permitirá manutenção em câmeras de monitoramento nuclear pela ONU

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O programa nuclear iraniano foi lançado na década de 1950, com a ajuda dos Estados Unidos, como parte do programa Átomos para a Paz.

Foto: Reprodução
País asiático tem um dos maiores programas nucleares do planeta. (Foto: Reprodução)

O Irã vai permitir que a agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) faça manutenção em câmeras de monitoramento em instalações nucleares iranianas após conversas neste domingo (12) com o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, de acordo com o chefe do órgão de energia atômica do Irã e um comunicado conjunto.

As conversas com Grossi visavam aliviar o impasse entre Teerã e o Ocidente para reviver o acordo nuclear com o Irã.

A AIEA disse nessa semana que não houve progresso em duas questões principais: explicar vestígios de urânio encontrados em locais antigos não declarados e obter acesso urgente a equipamentos de monitoramento para que a agência possa continuar a acompanhar partes do programa nuclear do Irã.

“Acertamos a substituição dos cartões de memória das câmeras da agência”, disse Mohammad Eslami, que dirige a Organização de Energia Atômica do Irã (OEAI), segundo a mídia estatal.

“Os inspetores da AIEA estão autorizados a consertar o equipamento identificado e substituir seus meios de armazenamento, que serão mantidos sob os selos conjuntos da AIEA e da OEAI na República Islâmica do Irã”, disseram os órgãos nucleares em um comunicado conjunto.

Entenda a crise nuclear no Irã

As suspeitas de que o Irã estava usando seu programa de energia nuclear para encobertar o desenvolvimento de uma bomba atômica levaram a Organização das Nações Unidas (ONU), os EUA e a União Europeia (UE) a impor sanções desde 2019 com o objetivo de persuadir o país a conter suas ambições armamentistas.

O Irã insistiu que seu programa nuclear era pacífico, mas em 2015 chegou a um acordo com seis países — EUA, Reino Unido, França, China, Rússia e Alemanha.

O então presidente do Irã, Hassan Rouhani, disse que não estava se retirando do acordo nuclear. E concordou em limitar o enriquecimento de urânio — material que pode ser usado tanto para alimentar reatores como artefatos nucleares; reformular um reator de água pesada que estava sendo construído, e de cujo combustível irradiado poderia ser obtido plutônio, usado em bombas atômicas; e permitir a realização de inspeções internacionais.

Em troca, as respectivas sanções foram suspensas, permitindo ao Irã retomar as exportações de petróleo — principal fonte de receita do governo.

O então presidente dos EUA, Donald Trump, abandonou o acordo em maio de 2018 e começou a restabelecer as sanções. Em novembro, as que tinham como alvo os setores petrolífero e financeiro do Irã entraram em vigor.

E provocaram um colapso econômico e inflação galopante no Irã. O Irã reagiu deixando de cumprir alguns compromissos do acordo nuclear. E suspendeu as vendas obrigatórias para o exterior do excedente de urânio enriquecido e água pesada.

Também deu aos cinco países que ainda participavam do acordo um ultimato de 60 dias para proteger as vendas de petróleo iraniano das sanções dos EUA. Caso contrário, o Irã suspenderia suas restrições ao enriquecimento de urânio e interromperia a reformulação de seu reator de água pesada.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que realizava as inspeções, disse que o Irã já havia aumentado a produção de urânio enriquecido – mas não se sabe em quanto.

Trump disse na época que queria renegociar o acordo e ampliá-lo para incluir o programa de mísseis balísticos do Irã e seu envolvimento em conflitos no Oriente Médio. O Irã estava convencido de que o acordo não podia ser renegociado.

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