Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 27 de dezembro de 2016
Uma copeira foi internada em estado grave em um hospital de Curitiba (PR), depois de levar um tiro na cabeça. Quem atirou foi uma policial civil que, irritada com o barulho da festa em que a vítima de 45 anos estava, disparou. O caso ocorreu na madrugada de sexta-feira (23).
Segundo a Polícia Civil, a investigadora do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes estava na casa em que mora quando atirou em direção ao estacionamento do restaurante onde era realizada a festa de confraternização de uma empresa. Com o disparo, a convidada perdeu massa encefálica e, desde o crime, está internada na UTI. A vítima corre risco de morte.
Depois do ocorrido, o advogado da policial civil procurou a DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa) e informou que a cliente iria à polícia. Na segunda-feira (27), ela se apresentou.
Em depoimento, a investigadora contou que efetuou, sim, um disparo, mas que não tinha a intenção de atingir a vítima. Disse ainda que atirou para cima, mas que a bala ricocheteou e atingiu a copeira.
Sobre o motivo de ter disparado, a policial afirmou que o barulho estava incomodando a sua mãe, que está de cama por causa da morte recente do marido, e também outros parentes que estavam na residência.
A investigadora deve responder por tentativa de homicídio em dolo eventual (quando não há a intenção de matar, mas o autor assume o risco). Um procedimento para apurar a transgressão disciplinar da policial também deve ser instaurado na Corregedoria Geral da Polícia Civil.
A policial foi liberada logo depois de prestar depoimento e está à disposição da unidade a qual pertence, fazendo serviços administrativos.