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Por Redação O Sul | 9 de fevereiro de 2016
O presidente do comitê de Relações Exteriores e Defesa do Parlamento de Israel, Tzachi Hanegbi, disse que o país não deve perder tempo esperando que Brasília aceite a indicação de Dani Dayan para o cargo de embaixador e que, em vez disso, deve atribuir a ele um posto diplomático em uma capital não menos importante.
Hanegbi declarou que o ex-líder de colonos não será embaixador no Brasil em razão da recusa do governo em aprovar a indicação. O Brasil não informou Israel da rejeição e ainda tem alguns meses para deliberar.
A controvérsia quanto à nomeação iniciou em agosto. Dayan foi apontado como candidato ao cargo depois que o embaixador anterior, Reda Mansour, voltou a Israel por questões pessoais após pouco mais de um ano.
A escolha não agradou ao governo brasileiro pois Dayan foi anunciado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pelo Twitter (sem aviso prévio ao Itamaraty) e porque ele liderou, de 2007 a 2013, o conselho Yesha (representante dos colonos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental). A diplomacia brasileira é contra a política de ocupação dos territórios palestinos.
O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Garcia, disse que Israel deu um passo em falso ao indicar Dayan para o cargo. (Folhapress)