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Mundo Israel rejeita alterações do Hamas em proposta de trégua em Gaza após os Estados Unidos classificarem resposta como “inaceitável”

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Guerra na faixa de Gaza entre Israel e o grupo terrorista Hamas ocorre desde outubro de 2023. (Foto: Reprodução)

O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou a contraproposta do Hamas ao plano de trégua apresentado pelos EUA, após o enviado especial americano, Steve Witkoff, classificar a resposta do grupo terrorista palestino como “inaceitável”. O Hamas anunciou que havia respondido “positivamente” aos termos enviados com Washington, mas “com ênfase na garantia de um cessar-fogo permanente e na retirada total israelense”.

“Embora Israel tenha concordado com o esboço atualizado de Witkoff para a libertação de nossos reféns, o Hamas continua a manter-se fiel à sua recusa… Israel continuará sua ação pelo retorno de nossos reféns e pela derrota do Hamas”, manifestou-se o Gabinete de Netanyahu na tarde deste sábado

A manifestação israelense veio pouco depois do enviado especial americano ter classificado como “totalmente inaceitável” a resposta oferecida pelo Hamas horas mais cedo. Em uma publicação na rede social X, Witkoff afirmou que a contraproposta palestina atrasaria qualquer possível avanço nas negociações.

“Eu recebi a resposta do Hamas à proposta dos Estados Unidos. É totalmente inaceitável e apenas nos faz andar para trás”, escreveu Witkoff em uma publicação na rede social X na tarde desse sábado (31). “O Hamas deve aceitar o formato proposto que nós colocamos como base para para as negociações de proximidade, que podemos iniciar imediatamente na próxima semana. Essa é a única maneira de fecharmos um acordo de cessar-fogo de 60 dias nos próximos dias […] e no qual poderemos ter negociações substanciais de boa-fé nas negociações de proximidade para tentar chegar a um cessar-fogo permanente”.

Não está claro que mudança na proposta original foi apontada pelo Hamas. O formato americano estabelecia uma trégua de 60 dias, em que o Hamas se comprometeria a libertar metade dos reféns ainda mantidos em Gaza, em troca de prisioneiros palestinos. Ainda neste período seriam iniciadas novas negociações com apoio dos EUA, tendo em vista o fim permanente da guerra.

Em um comunicado, o grupo palestino afirmou que aceitava libertar 10 reféns israelenses ainda vivos, e também devolver os corpos de 18 pessoas, em troca de “um número acordado de prisioneiros”. No comunicado, o grupo disse ainda que sua proposta “visa alcançar um cessar-fogo permanente, uma retirada abrangente da Faixa de Gaza e garantir o fluxo de ajuda ao nosso povo e às nossas famílias na Faixa de Gaza”.

O número de reféns vivos e os corpos dos falecidos que o Hamas se diz disposto a entregar é idêntico ao da proposta apresentada por Witkoff. Contudo, a julgar pelos pontos destacados no comunicado, é provável que as novas reivindicações sejam similares às anteriormente rejeitadas por Israel, como a saída dos militares de Gaza e o encaminhamento de um fim da guerra, e não apenas uma trégua.

Em uma manifestação após a reação do negociador americano e de autoridades israelenses, o porta-voz do Hamas Basem Naim, disse à agência de notícias Reuters que o grupo não rejeitou a proposta apresentada pelos EUA, mas que a resposta de Israel à proposta de Witkoff tinha sido incompatível com o que o grupo havia aceitado. Naim também acrescentou que a reação do enviado dos EUA em relação ao grupo era “injusta” e demonstrava “completa parcialidade”.

O grupo palestino foi colocado em uma situação de extrema pressão após EUA e Israel anunciarem que haviam chegado a um termo para interromper a guerra por 60 dias. Enfrentando uma renovada ação militar que matou centenas de pessoas nas últimas semanas em Gaza, e uma crise de fome e falta de insumos pelo controle exercido pelos israelenses na fronteira — que não é mais absoluto, mas ainda limita a quantidade de comida, água e medicamentos que entra no enclave —, qualquer decisão que não levasse a uma interrupção das hostilidades seria prejudicial aos palestinos.

Por outro lado, aceitar libertar uma grande quantidade de reféns mantidos em Gaza — que o Hamas usa como moeda de troca e forma de pressão política — na configuração atual seria aceitar termos piores de que outros propostos anteriormente, e não ofereceria ao grupo nenhuma garantia sobre o futuro do enclave ou sua própria existência.

Desde que decidiu não progredir com as negociações previstas pelo acordo de cessar-fogo negociado no começo do ano e retomar a ofensiva militar contra Gaza, o governo israelense colocou em prática uma abordagem abertamente linha-dura contra o enclave palestino. Por mais de 60 dias, toda a ajuda humanitária em Gaza foi bloqueada, operações terrestres e bombardeios ganharam intensidade e o discurso das autoridades se radicalizou. (Com informações do NYT e da AFP)

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