Domingo, 09 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de dezembro de 2022
A Itália bateu um novo recorde negativo em nascimentos em 2021, registrando apenas 400.249 bebês no período, queda de 1,1% (-4.643) na comparação com o ano precedente, informou o Instituto Nacional de Estatísticas (Istat) nesta segunda-feira (19).
Ainda conforme o relatório, os dados preliminares de 2022 seguem a mesma tendência. Entre janeiro e setembro, já são cerca de seis mil nascimentos a menos do que no mesmo período do ano passado.
O número médio de filhos por mulheres teve uma pequena alta, passando de 1,24 em 2020 para 1,25 em 2021 – muito por conta também da queda na população total do país. No período entre 2008-2010, o índice era de 1,44.
O Istat aponta que desde 2008, início da série histórica, os nascimentos na Itália diminuíram 30,6% – 176.410 em números totais –, o que pode ser atribuído quase que totalmente pela queda dos nascimentos quando os pais são ambos italianos (314.371 em 2021, quase 166 mil a menos do que há 14 anos).
A maior queda ocorreu quando os pais são casados formalmente, com 240.428 nascimentos, quase 20 mil a menos do que em 2020 e 223 mil a menos do que em 2008.
Um dos motivos apontados pelo Istat para os nascimentos “fora” do casamento é o fato que muitas pessoas adiaram o matrimônio formal em 2021 por conta das restrições sanitárias da pandemia de Covid-19. Em números preliminares, a retração foi de 47,4%.
Os dados desta segunda-feira corroboram com outro relatório divulgado pelo Istat no último dia 15, que apontou que, em 2021, a população total do país manteve a tendência de queda vista nos últimos anos. Ao todo, a Itália tinha 59.030.133 pessoas em 31 de dezembro do ano passado, 0,3% a menos do que em 2020.
Câncer na Itália
Em outra frente, o número de diagnósticos de câncer na Itália está aumentando em comparação ao registrado em 2020: até o fim deste ano são estimados 390.700 novos casos, um crescimento de 14,1 mil em dois anos, revelou a Associação Italiana de Oncologia Médica (Aiom) nesta segunda-feira (19).
O estudo – “Os números do câncer na Itália em 2022” – é divulgado após os rastreios de prevenção serem retomados no país na fase pós-pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e faz um alerta principalmente sobre o estilo de vida incorreto da população italiana.
Entre as preocupações do Ministério da Saúde da Itália estão o sobrepeso, que atinge 33% dos adultos; a obesidade, 10%; o sedentarismo, que chega a 31%; e o tabagismo, hábito de 24% dos cidadãos.
De acordo com os dados, o câncer diagnosticado com mais frequência em 2022 foi o de mama, um total de 55,7 mil casos (+0,5% em relação a 2020), seguido do câncer colorretal, que chegou a 48,1 mil casos (+1,5% em homens e +1,6% em mulheres).
Na sequência aparece o câncer nos pulmões, com 43,9 mil casos (+1,6% em homens e +3,6% em mulheres), e na próstata, com 40,5 mil diagnósticos (+1,5%). As informações são da agência de notícias Ansa.