Quinta-feira, 15 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 21 de maio de 2017
Conforme delações de executivos do grupo JBS, a empresa manteve duas contas para abastecer as principais candidaturas presidenciais de 2010: Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Em nome dos candidatos, a empresa reservou R$ 50 milhões – R$ 30 milhões para a petista e R$ 20 milhões ao tucano.
Para a campanha de Dilma, Joesley Batista afirmou que em um jantar em sua casa o então articulador do PT, Antonio Palocci, pediu os R$ 30 milhões . Desse total, R$ 16,3 foram usados por Palocci para pagar aliados do PSV, PRB, PTB, PDT, PTN, e PTC.
Houve dinheiro repassado para candidatos do Piauí, Pernambuco, São Paulo.
De acordo com Joesley, ele conheceu José Serra durante a campanha à Presidência. O tucano o visitou na sede de sua empresa, “ocasião em que solicitou uma doação para sua campanha de R$ 20 milhões”.
Joesley afirmou que concordou com a doação que foi feita, segundo ele, da seguinte forma: R$ 6 milhões em notas frias para a empresa LRC Eventos e Promoções, com a falsa venda de um camarote no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Outros R$ 420 mil teriam sido enviados para a empresa APPM Analista e Pesquisa, “também com notas frias”, afirmou Joesley. Por fim, o empresário afirmou que entregou R$ 13,58 milhões em contribuições oficiais que foram distribuídos segundo indicações de Serra.
A defesa de Serra informou que “as contas de todas as campanhas de José Serra foram aprovadas pela Justiça Eleitoral”.
O advogado Adriano Bretas, que defende Palocci, afirmou que o ex-ministro só se manifestará sobre a acusação “nos autos”.