Quinta-feira, 08 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 22 de janeiro de 2019
Os promotores Gabriella Queiroz e Paulo Penna Prado, do Ministério Público de Goiás, foram até o Complexo Penitenciário Aparecida de Goiânia na manhã desta terça-feira (22), para interrogar João de Deus. O depoimento deve servir para embasar uma nova denúncia contra o médium.
A promotoria não quis detalhar por quais crimes João de Deus será acusado agora. Atualmente, ele já é réu em duas ações por violência sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.
Preso desde 16 de dezembro, o médium também foi indiciado no dia 10 de janeiro pela Polícia Civil por posse ilegal de armas. Na ocasião, ele também foi indiciado por violação sexual mediante fraude por um crime que teria sido cometido há três anos contra uma vítima de São Paulo.
A força-tarefa do Ministério Público goiano já recebeu mais de 600 contatos sobre o médium, dos quais foram identificadas cerca de 300 vítimas.
Os promotores decidiram ouvi-lo no presídio por questão de segurança, para evitar que ele tivesse que ser transportado com escolta até o Ministério Público.
Essa terceira denúncia é baseada em cinco casos de abusos contra mulheres de Goiás e de outros estados. O MP também ouviu outras mulheres, mas como os crimes já prescreveram, os relatos servirão como um embasamento para a argumentação dos promotores no documento.
Processos
Ações na Justiça: João de Deus já virou réu duas vezes após denúncias do Ministério Público pelos crimes de violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável;
Denúncias no MP: Órgão prepara a terceira denúncia por crimes sexuais contra o médium. Promotores ainda devem analisar se apresentam uma ação pelo crime de posse ilegal de armas;
Investigação: Polícia Civil aguarda laudos para concluir a investigação sobre lavagem de dinheiro, devido aos mais de R$ 1,6 milhão e pedras preciosas aprendidos em imóveis do médium.
Posse ilegal de armas
O médium João de Deus e sua mulher, Ana Keyla Teixeira, foram indiciados por posse ilegal de armas pela Polícia Civil de Goiás.
A medida encerra a força-tarefa da polícia. Todos os procedimentos sobre o médium já foram encaminhados ao Poder Judiciário. A delegada do caso também informou que o médium foi indiciado por violação sexual mediante fraude por um crime cometido há três anos contra uma vítima que mora em São Paulo.
As armas foram encontradas na residência de João de Deus em Abadiânia (GO), espalhadas no quarto do médium, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão no dia 18 de dezembro. Na ocasião, as autoridades apreenderam dois revólveres de calibre .32, um de calibre .38, uma pistola .380, com capacidade para 12 tiros, e uma garrucha calibre .22, que tinha a numeração raspada.