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Por Redação O Sul | 22 de novembro de 2020
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, completou 78 anos na última sexta-feira (20). Daqui a dois meses, o democrata tomará posse como 46º presidente americano e se tornará o mais velho a assumir o cargo.
O recorde atual é do republicano Ronald Reagan, que deixou a Casa Branca em 1989 quando tinha 77 anos e 349 dias de idade. O atual presidente, o também republicano Donald Trump, nasceu em 14 de junho de 1946 e tem 74 anos.
Biden tomará as rédeas de uma nação politicamente fragmentada, que enfrenta sua pior crise de saúde pública em um século e um alto desemprego devido à pandemia do novo coronavírus e clamores pelo fim da injustiça racial no país.
Enquanto lida com todos esses problemas, o democrata tentará realizar outra façanha: demonstrar aos americanos que a idade é apenas um número e que está à altura do trabalho.
A idade e a saúde de Biden e Trump foram tema da campanha eleitoral, que foi decidida por um eleitorado mais jovem e diversificado, e o democrata sempre se esforça para demonstrar que tem vigor para servir ao país.
Durante a campanha, Trump não perdeu a chance de destacar as gafes de Biden e dizer que o democrata não tinha acuidade mental para liderar a nação.
A campanha do democrata chegou a comparar o seu vigor físico ao de Trump, que se tornou o primeiro presidente a americano a não se reeleger desde o também republicano George H.W. Bush, que perdeu para o democrata Bill Clinton em 1992.
No seu discurso da vitória, Biden chegou ao palco com uma leve corrida em vez de caminhar calmamente.
Até nas primárias democratas, alguns dos rivais de Biden também apontaram para questão da idade, perguntando se alguém da geração de Biden e Trump seria a pessoa certa para liderar uma nação que lida com questões como mudanças climáticas, racismo e desigualdade.
Gabinete presidencial
Joe Biden anunciará os primeiros nomes para o gabinete presidencial nesta terça-feira (24), disse um assessor sênior neste domingo (22).
Enquanto o presidente eleito avança com o planejamento de sua próxima administração, o presidente Donald Trump não dá sinais de abandonar sua tentativa de deslegitimar as eleições dos Estados Unidos.
Desde que Biden foi declarado, há duas semanas, vencedor das eleições do dia 3 de novembro, Trump lançou mão de uma enxurrada de ações judiciais e montou uma campanha para impedir que os funcionários estaduais certificassem os votos totais, sofrendo outro duro revés jurídico no sábado na Pensilvânia.
Ron Klain, escolhido por Biden para ser chefe de gabinete da Casa Branca, reiterou o apelo de sua campanha para que a administração Trump – especificamente uma agência federal chamada Administração de Serviços Gerais – reconheça formalmente a vitória de Biden para liberar recursos para o processo de transição.
“Espero que a chefia da Administração de Serviços Gerais faça seu trabalho”, disse Klain, referindo-se à Emily Murphy.
Klain disse que os esforços do presidente republicano para reverter os resultados eleitorais foram uma vergonha e também ineficazes. O democrata Biden deve assumir o cargo em 20 de janeiro.
Klain disse que Biden vai anunciar suas primeiras escolhas para o gabinete na terça-feira, mas não quis revelar quais serão. Biden afirmou na quinta-feira que tinha escolhido seu secretário do Tesouro, acrescentando que o indicado faria sentido para “todos os elementos do Partido Democrata … de coalizões progressistas às moderadas”.
Os candidatos da lista de Biden incluem a ex-chair do Fed Janet Yellen, a atual diretora do Fed Lael Brainard, Sarah Bloom Raskin, ex-diretora do Fed, e Raphael Bostic, presidente do Federal Reserve Bank de Atlanta. As informações são do portal de notícias G1 e da agência de notícias Reuters.