Terça-feira, 25 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de novembro de 2020
O democrata Joe Biden passou a marca dos 270 delegados no Colégio Eleitoral no sábado (7), segundo projeções de diversos veículos de imprensa. O número é suficiente para derrotar o republicano Donald Trump e se tornar o 46º presidente dos Estados Unidos. Kamala Harris será a primeira mulher vice-presidente do país.
Joe Biden agradeceu aos eleitores pelas redes sociais e afirmou que será um presidente para todos os americanos. “América, estou honrado por ter me escolhido para liderar nosso grande país. O trabalho que temos pela frente será árduo, mas prometo o seguinte: serei um presidente para todos os americanos – quer você tenha votado em mim ou não. Vou manter a fé que vocês colocaram em mim”, postou Biden no Twitter.
Em sua página oficial, Biden também afirmou que se sente hornado pela confiança que o povo americano depositou nele e na vice-presidente eleita, Kamala Harris, e pediu a união do povo norte-americano.
Leia o texto na íntegra:
“Sinto-me honrado pela confiança que o povo americano depositou em mim e na vice-presidente eleita, Kamala Harris. Diante de obstáculos sem precedentes, um número recorde de americanos votou. Provando, mais uma vez, que a democracia bate fundo no coração da América. Com o fim da campanha, é hora de colocar a raiva e a retórica dura para trás e nos unirmos como uma nação. É hora da América se unir. E se fortalecer. Somos os Estados Unidos da América. E não há nada que não possamos fazer, se fizermos juntos.
Embora não oficial, a projeção dos veículos de comunicação é suficiente para que a sociedade americana reconheça a eleição de um presidente (entenda como funciona), já que a contagem chega a demorar semanas e o sistema de colégio eleitoral permite saber antecipadamente quem será o vencedor.”
Arizona
Na manhã do sábado (7), faltavam pelo menos 6 votos no colégio eleitoral para que Biden chegasse a 270 e sua vitória se confirmasse, segundo as projeções da Associated Press. Com a vitória projetada na Pensilvânia, Biden chegou a 290 delegados.
Outros veículos, como “The New York Times”, por exemplo, ainda não haviam declarado Biden vencedor no Arizona, que tem 11 delegados. Porém, com os 20 delegados da Pensilvânia, a disputa no Arizona passou a ser indiferente, já que não muda mais o resultado.
A Pensilvânia é o terceiro estado do chamado Cinturão de Ferrugem em que o presidente Trump venceu em 2016, mas que virou para Biden em 2020, junto com Michigan e Wisconsin. Além do Arizona, Biden lidera na Geórgia, outro estado em que Trump venceu em 2016.
Tanto Trump quanto Biden fizeram muitas visitas à Pensilvânia durante a campanha. O republicano visitou o estado 13 vezes, enquanto Biden fez 16 viagens para lá. Ambos estiveram no estado na véspera da eleição. Desde 2008, todos os candidatos presidenciais que ganharam na Pensilvânia conquistaram a presidência.
Medidas judiciais
O presidente Donald Trump alega que a votação está sendo roubada e promete ações na Justiça. Logo após a declaração de Biden como vencedor na imprensa americana, sua campanha soltou nota dizendo que a eleição não acabou.
“Todos nós sabemos por que Joe Biden está se apressando em fingir que é o vencedor e por que seus aliados da mídia estão se esforçando tanto para ajudá-lo: eles não querem que a verdade seja exposta. O simples fato é que esta eleição está longe de terminar”, afirmou Trump.
Pouco depois, advogados de Trump disseram a jornalistas que houve fraude eleitoral e que medidas legais, como recursos pedindo a recontagem dos votos, serão apresentados à Justiça a partir de segunda-feira (9).
A campanha republicana pediu recontagem em Wisconsin e tentou suspender a apuração na Pensilvânia, na Geórgia e em Michigan. Nesses dois últimos, porém, a Justiça já derrubou os pedidos de Trump.
Também pediu interferência em um caso pendente na Suprema Corte dos EUA sobre a Pensilvânia, um estado importante da disputa que ainda está contando centenas de milhares de cédulas enviadas pelo correio. O republicano tenta impedir que o estado conte votos que cheguem depois da eleição.