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Futebol Jogador brasileiro é alvo de ofensas racistas em partida clássica de Manchester que acabou com a vitória do United sobre o City

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O volante brasileiro Fred (C), 26, atleta do Manchester United, foi alvo de ofensas racistas durante partida contra o Manchester City. (Foto: Reprodução/Twitter)

O volante brasileiro Fred, 26, atleta do Manchester United, foi alvo de ofensas racistas durante partida contra o Manchester City neste sábado (7), no estádio Etihad, pelo Campeonato Inglês. No segundo tempo, enquanto o meio-campista se preparava para cobrar um escanteio, torcedores do City imitaram sons de macacos e jogaram objetos na direção do jogador. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Pouco minutos após a partida, o City divulgou um comunicado em que afirma estar ciente do ocorrido e que vai colaborar com a polícia local para identificar e punir os torcedores racistas.

“O clube mantém uma política de tolerância zero em relação a qualquer tipo de discriminação, e qualquer pessoa considerada culpada de abuso racial será banida do clube por toda a vida”, diz a nota do City.

Em entrevista ao canal ESPN Brasil, Fred também se manifestou. “Infelizmente, a gente está em uma sociedade um pouco atrasada, em pleno 2019 a gente ainda tem de conviver com isso”, disse. “É triste, mas a gente tem de levantar a cabeça, bola para frente, tem de esquecer isso. Eu falei com o árbitro depois do jogo e eles vão tomar as providências e ponto final.”

Em meio aos xingamentos, os próprios atletas do City pediram aos torcedores para cessarem os gestos para que o volante pudesse cobrar o escanteio.

Diante da série de casos de racismo no futebol europeu, a Uefa estabeleceu um protocolo para os árbitros agirem diante de situações como a sofrida por Fred.

O procedimento tem três etapas. Na primeira, caso o juiz perceba algum comportamento racista ou for informado disso pelo quarto árbitro, ele deverá interromper a partida para que seja feito um aviso sonoro no estádio pedindo para pararem com as ofensivas.

Caso o aviso não seja respeitado, o passo seguinte é suspender a partida por um determinado período de tempo razoável, por exemplo de cinco a dez minutos, e pedir para os atletas esperarem nos vestiários.

Como último recurso, o jogo poderá ser encerrado caso as atitudes racistas persistam.

Neste sábado, a partida entre os times de Manchester ficou parada por pouco menos de dois minutos e os atletas permaneceram no gramado.

Depois do jogo, o atacante Rashford foi questionado sobre o ocorrido, mas disse que não testemunho as ofensas. Mesmo assim, afirmou que “nos últimos tempos, temos lidado com isso [ofensas racistas] um pouco melhor, mas o fato de que ainda está acontecendo não é bom o suficiente. Obviamente, ainda há trabalho a fazer nessa área”, comentou o atleta do United.

A organização de igualdade e inclusão do futebol inglês Kick It Out disse que entrará em contato com os dois clubes para “oferecer nosso apoio e espera que sejam tomadas medidas rápidas para identificar os infratores.”

A partida terminou com vitória do Manchester United por 2 a 1.

Recentemente, os brasileiros Dentinho e Taison, do Shaktar Donetsk, da Ucrânia, também foram alvos de ofensas racistas na Europa, durante partida contra o Dínamo de Kiev pelo Campeonato Ucraniano, em 10 de novembro.

Revoltado com os gritos da torcida do Dínamo, que era visitante e estava em menor número, Taison fez um gesto ofensivo e chutou a bola na direção dos torcedores. Por causa disso, foi expulso.

Avisado do ato dos torcedores por Dentinho, o árbitro paralisou a partida por cerca de cinco minutos durante o segundo tempo. Os jogadores do clube de Kiev foram até a beira do campo e pediram que as ofensas cessassem.

“Jamais irei me calar diante de um ato tão desumano e desprezível. Minhas lágrimas foram de indignação, de repúdio e de impotência, impotência por não poder fazer nada naquele momento”, disse Taison em uma publicação na rede social Instagram.

 

 

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