Domingo, 26 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de setembro de 2015

Atleta envolvida com o crime já passou por diversas equipes: São Caetano (foto), Corinthians, Palmeiras e até a Seleção Brasileira. (Reprodução)
Policiais prenderam nesta semana três suspeitos de participação em casos de sequestro-relâmpago nas regiões de Higienópolis e do Tatuapé, em São Paulo. Um dos detidos é a jogadora de futebol Joyce Costa Souza dos Santos, 27 anos, segundo o delegado William Wong.
A atleta chegou a disputar o Mundial Sub-20 em 2008 pelo Brasil, segundo informações do site da Fifa. No site da Federação Paulista de Futebol, ela consta como contratada pela Portuguesa até dezembro deste ano. O último jogo que ela disputou pelo clube foi em julho, pelo campeonato Paulista Feminino Amador.
Surpresa do técnico.
O diretor de futebol feminino da Portuguesa e técnico do time feminino do clube, Prisco Palumbo, disse ter recebido com surpresa a ligação de policiais civis avisando sobre a prisão da jogadora Joyce. “Ela é uma líder”, afirmou sobre o comportamento da jogadora na equipe de futebol feminino.
Durante as investigações de casos de sequestros-relâmpago, a polícia desconfiou da mulher e de outro suspeito, um homem de 23 anos. Os agentes, então, acompanharam ambos e capturaram a dupla com os cartões bancários de uma vítima. Os dois foram detidos em flagrante em um supermercado na zona sul de São Paulo.
A vítima deste sequestro-relâmpago foi abordada por duas pessoas que estavam armadas. Mantida refém no próprio carro, ela foi levada ao banco onde foram realizados saques, segundo a polícia.
A motorista foi, então, liberada e os suspeitos seguiram para o supermercado com os cartões roubados, onde acabaram presos. Ela não ficou ferida e a polícia diz que reconheceu Joyce e o outro detido.
A terceira suspeita, de 29 anos, foi presa ao visitar Joyce, que é sua namorada, na delegacia. Conforme a polícia, ela estava com um celular comprado com dinheiro das vítimas de sequestro.
Jogadora comandava a quadrilha.
O delegado informou que jogadora de futebol “comandava a quadrilha”, apesar de ela não ter antecedentes criminais. De acordo com o agentes era Joyce quem abordava as vítimas e, enquanto elas eram mantidas reféns por algum comparsa, a jogadora sacava dinheiro ou fazia compras com os cartões.
A polícia garante ter a confirmação da participação da jogadora em pelo menos três casos. Um quarto suspeito de envolvimento nos sequestros é procurado.
O técnico Palumbo afirmou que vai analisar o que pode fazer para ajudar a atleta. “Ainda não coloquei a cabeça no lugar. Vou verificar, com calma, o que posso fazer, arrumar um advogado para ela, não sei se a família vai dar amparo. A Portuguesa, como clube, não acredito que vá acompanhar o caso. Vou chamar um advogado amigo para fazer alguma coisa por ela, pois gosto dela”, frisou. (AG)