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Mundo Jornalista saudita desaparecido foi decapitado no próprio consulado onde se apresentou

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Khashoggi, colunista do jornal The Washington Post, desapareceu em 2 de outubro, depois de entrar no consulado saudita em Istambul. (Foto: Reprodução)

O jornalista saudita Jamal Khashoggi foi torturado antes de ser decapitado no consulado do seu país em Istambul, na Turquia, afirmou nesta quarta-feira (17) o jornal turco Yeni Safak. Há duas semanas, o paradeiro do jornalista é desconhecido.

Em 2 de outubro, Khashoggi, de 59 anos, que era crítico do governo da Arábia Saudita, foi ao consulado na Turquia para resolver trâmites burocráticos relativos ao seu casamento com uma cidadã turca. Desde então, está desaparecido.

O periódico, que é ligado ao governo turco, afirma que teve acesso a um áudio que mostra que os agentes sauditas cortaram os dedos de Khashoggi durante o interrogatório na representação diplomática saudita, em 2 de outubro. “Depois, sua cabeça foi cortada até a morte”, descreve o jornal, que não deixa claro como teve acesso à gravação.

“Façam isto lá fora. Vocês vão me causar problemas”, afirmou o cônsul saudita Mohammad Al Otaibi, ainda de acordo com o jornal turco. “Se você quiser continuar vivo quando voltar à Arábia Saudita, fique quieto”, respondeu um homem não identificado. Al Otaibi deixou Istambul na terça-feira (16).

Esta é a primeira vez que uma publicação turca afirma que teve acesso a esse áudio. Anteriormente, o jornal turco The Sabah afirmou que um ele teria sido feito pelo relógio do próprio Khashoggi e recuperado em sua conta on-line.

Um grupo de investigadores, formado por Turquia e Arábia Saudita, fez buscas por várias horas no consulado saudita em Istambul. Uma autoridade turca disse à agência Associated Press que os investigadores encontraram uma nova evidência de que Khashoggi foi morto no local. No entanto, outra autoridade de segurança disse à rede Al-Jazeera que não foi encontrada nenhuma evidência conclusiva.

Investigações

As autoridades turcas acusam Riad de ter ordenado o assassinato do jornalista a uma equipe enviada ao consulado. O governo saudita nega. O jornalista, que também tinha cidadania americana, morava desde 2017 nos EUA e trabalhava para o The Washington Post. Por isso, os Estados Unidos acompanham a investigação.

Mike Pompeo, secretário de Estado americano, visitou Riad na terça-feira, onde se encontrou com o rei Salman e com o filho dele, o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, antes de viajar para a Turquia nesta quarta-feira. O governo saudita afirmou a Pompeo que está disposto a fazer uma exaustiva investigação.

“Foram muito claros. Compreendem a importância desse problema, estão decididos a seguir até o fim das investigações”, afirmou Pompeo. A imprensa americana chegou a informar que a Arábia Saudita cogitava reconhecer a morte do jornalista durante um interrogatório no consulado e atribuir o fato a “agentes fora de controle”, o que não aconteceu até o momento. Na Turquia, Pompeo se reúne com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e com o ministro das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu.

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