Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 27 de agosto de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Após o silêncio sobre a condenação a 23 anos de prisão no âmbito da Operação Lava-Jato, proferida pelo juiz Sérgio Moro, o ex-ministro José Dirceu usa o seu livro de memórias para dar o troco. Esta Coluna teve acesso a três capítulos enviados pela editora.
Em “É Guerra!”, no qual narra o confronto com o PSDB e o PFL (hoje DEM) em 2004, Dirceu indica que o juiz de Curitiba (PR) foi leniente com os políticos da oposição no processo das contas CC5, no escândalo da CPI do Banestado.
Dirceu escreve que o caso “foi parar nas mãos de Moro e sua jurisdição, para não alcançar a elite do País. Só bagrinhos seriam processados e condenados…”. Em outro trecho, crava que a “aliança tucana-PGR-elite-política econômica abafou a CPI. E nada aconteceu – quem diria – sob a jurisdição do juiz e seus procuradores”.
Fuga de capitais
Dirceu ainda vê culpa de órgãos oficiais como o MPF, PF, Coaf, BC no caso das CC5 – contas que facilitaram remessas de bilhões de reais ao exterior.
Preço do Poder
O ex-chefe da Casa Civil de Lula admite falhas: uma teria sido o acúmulo das funções da pasta com a Articulação Política: “O maior erro que cometi nos 30 meses de governo”.
Vem mais
O ex-ministro lança pela Geração Editorial o seu primeiro volume, “Zé Dirceu – Memórias I’ (528 págs, R$ 58,90). Já há versão em e-book à venda na Amazon.
(Des)encontros
Os tucanos Aécio Neves e Antonio Anastasia viajam juntos em campanha mas fazem agendas distintas. Candidato a deputado federal por Minas Gerais, Aécio começou visitando aliados em fazendas no Norte de Minas. Ele evita comícios. Candidato que lidera pesquisas ao governo local, Anastasia foi às ruas nas mesmas cidades visitas discretamente por Aécio.
Volta às origens
O governador mineiro Fernando Pimentel (PT), que usou o azul como cor da sua campanha em 2014, agora aposta tudo no vermelho de seu partido no material que já está nas ruas. Tido como um “petista moderado’ há décadas, ele tem até sambinha no jingle, com referência a Lula e Dilma Rousseff, candidata do partido ao Senado por Minas Gerais.
Duas cores
A situação do senador Ciro Nogueira (PP) – em baixa popular – em seu Piauí: após emplacar Ana Amélia como vice de Geraldo Alckmin (PSDB) na chapa presidencial tucana, Ciro aparece em propagandas na internet ao lado de Lula, com fundo vermelho e slogan do PT.
Acabou o sossego
Manifestantes foram na última sexta-feira ao prédio em Belo Horizonte onde mora a presidente do STF, Cármem Lúcia, para pedir a liberdade de Lula. É a mesma mensagem pichada há meses.
Parou
Rifado pela direção do PSB na candidatura ao governo mineiro, o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio de Lacerda avisou a próximos que desistiu da política. Vai se dedicar às empresas.
Lupa oficial
O presidente da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), Luís Boudens, reforça que já existe na Constituição o controle externo da PF (Polícia Federal) – feito pelo Ministério Público. E não vê porquê os delegados proporem um comitê para isso. Já os delegados não querem ficar à mercê dos procuradores – preferem uma fiscalização plural.
Provocação
A campanha de Armando Monteiro (PTB) ao Executivo de Pernambuco mira o governador Paulo Câmara (PSB) com uma brincadeira: criou um quadro que circula nas redes e no WhatsApp, chamado “TV Câmara Lenta”. Em alusão à gestão do rival.
Peso do poder
O veterano cacique do MDB anda cansado. Há dias, durante caminhada ao lado do governador Paulo Câmara em Petrolina, Jarbas Vasconcelos parou a comitiva e pediu um banquinho para repousar antes de subir uma ladeira.
Do jogo
O chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, demitiu do Ministério da Saúde o homem-forte do ex-ministro Ricardo Barros. Rogério Zeraik Abdalla deixou a Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação da Saúde, na qual lotou cargos com apadrinhados do Paraná.
Contra o aborto
O Movimento Brasil Sem Aborto lançou a sua campanha para 2018, emparedando candidatos: , “A vida depende de seu voto”. Muitos têm assinado o compromisso – com firma reconhecida em cartório – de não legalizar a interrupção voluntária da gravidez além do que já prevê a lei.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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