Sábado, 17 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 25 de abril de 2022
Um juiz de Nova York entendeu que Donald Trump descumpriu com uma ordem judicial em um caso que investiga transações financeiras da Trump Organization, segundo decisão publicada nesta segunda-feira (25)
O ex-presidente dos EUA não compareceu a um depoimento e não entregou documentos pedidos após intimação da Procuradoria-Geral de NY. O juiz Arthur Engoron ordenou que Trump pagasse uma multa de US$ 10 mil (cerca de R$ 50 mil) por dia em que não cumprir com a intimação.
A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, quer que o ex-presidente americano e seus filhos prestem depoimento como parte da investigação. Seu gabinete disse ter encontrado evidências de que a empresa usou ativos “fraudulentos ou enganosos” em avaliações para obter empréstimos.
Em um processo judicial, o gabinete da procuradora disse também que, rotineiramente, a organização deturpava o valor de suas propriedades e até de tacos de golfe nas demonstrações financeiras. Trump, já chamou, no início do ano, a investigação de James de uma “caça às bruxas” política.
Trump reiterou nesta segunda que não retornará ao Twitter, mesmo que sua conta seja restabelecida após a compra da plataforma pelo bilionário Elon Musk.
O ex-presidente dos Estados Unidos disse ao canal Fox News que se juntará formalmente à sua própria startup Truth Social nos próximos sete dias, conforme planejado.
“Não vou para o Twitter, vou ficar na Truth Social”, disse Trump. “Espero que Elon compre o Twitter porque ele fará melhorias e ele é um bom homem, mas vou ficar na Truth”, disse.
Desde a proposta de aquisição do Twitter pelo bilionário Elon Musk surgiram especulações de que, quando ele concluísse a compra da plataforma, reativaria a conta de Donald Trump. Mas o ex-presidente norte-americano já vinha dizendo que “provavelmente” não voltaria à rede.
Em uma entrevista em meados de abril Trump disse que “provavelmente não teria qualquer interesse” em voltar à plataforma, onde tinha quase 90 milhões de seguidores.
“Sabe, o Twitter ficou muito chato. Eles se livraram de um monte de boas vozes… muitas das vozes conservadoras”, disse Trump naquela ocasião.
Musk disse que esperava fechar o capital do Twitter, deixando-o fora da bolsa de valores, com a intenção de transformá-lo em uma plataforma para a “liberdade de expressão”.
Trump foi suspenso permanentemente do Twitter após o ataque de seus apoiadores ao Capitólio, em Washington, no dia 6 de janeiro de 2021. A plataforma citou um risco de “mais incitações à violência”.
O ataque ao Congresso aconteceu após um discurso de Trump no qual ele reiterou falsas acusações de que sua derrota para o democrata Joe Biden aconteceu devido a fraudes generalizadas na eleição, uma afirmação desmentida por tribunais e por autoridades eleitorais.
A decisão do Twitter foi criticada pelo Partido Republicano de Trump, e por outros, como uma tentativa de abafar vozes conservadoras e como um ataque à liberdade de expressão.
Trump, desde então, lançou sua própria plataforma de redes sociais, a Truth Social, criticada por problemas técnicos e por longos tempos de espera para se registrar.