Quinta-feira, 30 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de agosto de 2019
O pedido para soltar o investigado Danilo Cristiano Marques foi negado, nesta segunda-feira (12), pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília. Marques foi preso no mês passado pela Polícia Federal (PF), sob suspeita de invadir os telefones celulares do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e de outras autoridades.
A Defensoria Pública da União (DPU) foi quem fez o pedido de liberdade, alegando no processo que as acusações contra Danilo não têm relação com a quebra de sigilo das autoridades. Ao analisar o caso, o magistrado entendeu que a prisão do investigado é necessária para não atrapalhar as investigações.
De acordo com a PF, Danilo atuava em conjunto com Walter Delgatti Neto, que também está preso. “Ainda não foi esclarecido se os 60 chips encontrados com Danilo foram utilizados no procedimento empreendido por Walter para violação da intimidade das vítimas, e não se descarta a hipótese de que Walter obtinha os dados cadastrais das vítimas via invasão por aplicativo e repassava ao bando para a prática de estelionatos e fraudes bancárias”, disse o juiz Leite.
Os acusados estão presos na Operação Spoofing, expressão relativa a um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede, ou uma pessoa, fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é.