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Por Redação O Sul | 22 de janeiro de 2016
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava-Jato em Curitiba (PR), negou o pedido do ex-ministro José Dirceu para estar presente nos depoimentos de quarta-feira e desta sexta-feira de delatores que fazem menção ao petista e que foram arrolados como testemunhas na ação penal que Dirceu responde por suposto envolvimento com desvios de verbas da Petrobras.
A defesa argumentou que os delatores imputaram fatos criminosos ao ex-ministro e que, portanto, a presença dele seria indispensável para o exercício de sua defesa.
Foram ouvidos três delatores da Lava-Jato: o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco Filho e os irmãos Milton e José Adolfo Pascowitch. Além de seus defensores, estiveram presentes advogados de Dirceu e da Petrobras.
Prisão do ex-ministro
Dirceu foi preso em agosto de 2015 com base na delação e nos documentos que foram apresentados por Pascowitch. Milton, que representava a Engevix junto a Dirceu e ao PT, afirmou em sua delação que bancou reformas de uma casa e de um apartamento de Dirceu, entre outras ações, e que entregou 10 milhões de reais em dinheiro vivo ao PT em 2010.
Para a defesa de Dirceu, os depoimentos de quarta-feira deixaram claro que o nome do ex-ministro era utilizado para se obter propina, sem que ele recebesse efetivamente os valores ilícitos. (Folhapress)