Sexta-feira, 29 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Juíza nega a interdição da creche onde uma funcionária foi flagrada agredindo um bebê em São Sebastião do Caí

Compartilhe esta notícia:

Câmera de segurança da creche flagra monitora durante agressão. (Foto: Reprodução)

A juíza Débora Sevik, da 1ª Vara Judicial da Comarca de São Sebastião do Caí, decidiu afastar a proprietária da creche Arco-Íris, onde um bebê foi agredido por uma monitora no município. Até que a situação esteja esclarecida, a empresária e a funcionária estão impedidas de exercerem profissionalmente atividades relacionadas a crianças e adolescentes.

A magistrada também determinou que a creche forneça a relação de funcionários que atuam no local e as suas respectivas qualificações. No entanto, a juíza negou o pedido do Ministério Público, que solicitou a interdição do estabelecimento. Débora afirmou que a prefeitura da cidade rompeu o contrato de prestação de serviços que mantinha com a creche, realocando as crianças em outros estabelecimentos.

De acordo com a magistrada, como se trata de uma empresa privada, os pais têm a liberdade de decidir sobre manter ou não os filhos na creche. A empresária, a monitora que cometeu os maus-tratos e um homem que teria apagado as imagens gravadas pelo circuito de monitoramento chegaram a ser presos, mas foram soltos.

Agressões

Na semana passada, o vídeo contendo cenas que mostram a monitora da creche praticando maus-tratos contra um bebê chegou ao conhecimento da Polícia Civil. Nas imagens, é possível ver que a monitora sacode a criança com agressividade, pressiona o tórax com as cordas do bebê-conforto e asfixia o bebê com um travesseiro pressionado contra o seu rosto. As atitudes da mulher apenas pararam em virtude de outras funcionárias terem chegado ao local.

Assim que tomou conhecimento do fato, a polícia instaurou inquérito e, nos dias seguintes, três pessoas foram presas: a dona da creche, um técnico que teria sido contratado para apagar as imagens e a monitora que aparece nas cenas. Em depoimento, a funcionária confirmou a prática sob o argumento de que teria sido orientada a fazê-lo. Ela afirmou ainda que presenciou atos de maus-tratos no local, praticados pela proprietária e pela sua filha, tais como “colocar o rosto de uma criança embaixo de uma torneira de água fria, pois a infante chorava muito, bater com colher na cabeça de uma criança, colocar os dedos na goela de uma criança e forçar comida até ela vomitar”.

O Ministério Público já tinha, antes dessa data, procedimento instaurado em razão de informação de que a dona da creche foi vista apertando o braço de um menor e o empurrou para dentro da escola. Diante da possível inadequação do tratamento prestado e de possível ausência de capacitação das funcionárias do local, foi instaurado procedimento, que ainda estava em fase de diligências.

Frente às novas denúncias, o MP defende a interdição do local e salienta que “a proteção do bem jurídico violado demanda célere prestação jurisdicional, pois os direitos das crianças destinatárias da boa atuação da professora são constantemente violados ante a ausência de postura adequada das rés, que não demonstraram aptidão e qualificação para o cargo.  As requeridas estão em liberdade, uma vez que o pedido de preventiva não foi acolhido, sendo bastante provável que, em liberdade, retomem suas atividades e as práticas criminosas contra as crianças. Ou seja, o dano às crianças, caso as requeridas retornem para a sala de aula, é permanente e imediato. A cada dia, a cada instante”.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Radar da Brigada Militar é furtado em frente ao posto de policiamento de Bom Princípio
HPS recebe doação de sangue para ampliar estoques em Porto Alegre
https://www.osul.com.br/juiza-nega-interdicao-da-creche-onde-uma-funcionaria-foi-flagrada-agredindo-um-bebe-em-sao-sebastiao-do-cai/ Juíza nega a interdição da creche onde uma funcionária foi flagrada agredindo um bebê em São Sebastião do Caí 2018-01-18
Deixe seu comentário
Pode te interessar