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Geral Juíza que ia ser queimada viva em seu gabinete promete que não vai abandonar a profissão

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Durante ação em fórum, Alfredo José dos Santos deu uma “gravata” na juíza Tatiane Moreira Lima e jogou combustível no seu corpo. (Foto: Reprodução)

A juíza Tatiane Moreira Lima enviou uma mensagem de voz para grupos de amigos magistrados agradecendo o apoio que recebeu após ter sido vítima de um ataque de um agressor no Fórum do Butantã, em São Paulo. Na quarta-feira, o motorista Alfredo José dos Santos, 36 anos, invadiu o local, deitou a juíza no chão e ameaçou incendiá-la com uma garrafa de combustível na mão. A ação foi gravada em vídeo e chocou o País.

Tatiane afirmou que os danos físicos e emocionais foram mínimos e que espera que os momentos ruins que viveu possam se transformar em algo bom para os colegas de profissão. “Não vou deixar que um maluco impeça que eu faça meu trabalho que eu amo tanto”, afirmou. “Agradeço o carinho enorme de todo o grupo, as mensagens que tenho recebido de vários colegas. Me sinto abraçada, muito querida e muito confortada.”

Confira o áudio:


O agressor respondia a processo criminal por agressão contra a ex-mulher na Vara de Violência Doméstica presidida pela magistrada.

O ato foi repudiado pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski. Ele disse que o crime contra a juíza “expõe de maneira explícita e cruel a intolerância e a brutalidade e é motivo de preocupação para o País”. O Tribunal de Justiça de São Paulo informou, sem detalhar, que serão tomadas medidas para garantir a segurança dos funcionários do fórum.

Tatiane afirmou que os danos físicos e emocionais foram mínimos. (Foto: Reprodução)

Tatiane afirmou que os danos físicos e emocionais foram mínimos. (Foto: Reprodução)

Agressões.

O primeiro crime envolvendo o motorista aconteceu em agosto de 2013. A auxiliar de serviços gerais Andréa Conceição, 42, voltava para casa a pé quando foi atacada por Santos. Ela foi agredida com socos, chutes e só conseguiu escapar porque gritou por socorro.

Santos acabou sendo indiciado por crime de violência doméstica e passou a ser processado. Ele não se conformava com a postura rigorosa da magistrada nas audiências. Segundo a polícia, Santos prestaria depoimento à juíza na tarde de quarta-feira. Chegou antes, no entanto, e entrou correndo pela saída.

Ele carregava material explosivo e incendiou um dos corredores, o que impediu uma ação mais rápida dos seguranças. Em seguida, correu para a sala de audiência onde estava a juíza e a dominou dando uma “gravata”. Tatiane foi agredida e jogada no chão.

O agressor jogou gasolina e um produto químico inflamável no corpo da magistrada e ameaçou queimá-la com um isqueiro. Policiais militares e civis passaram a negociar a libertação da juíza. A ação foi gravada a pedido do criminoso. Em uma das cenas, o homem obriga a juíza a dizer que ele é inocente das acusações de agressão. Santos acabou detido pelos policiais em um momento de distração.

Ele foi indiciado agora por tentativa de assassinato, explosão e resistência. Por esses crimes, o agressor responderá preso.

“Queria chamar atenção.”

Após ser preso e medicado, Santos disse, conforme policiais civis, que “queria chamar a atenção” da imprensa para o caso dele, que por determinação da Justiça perdeu a guarda do filho.

Veja o vídeo:

 

 

 

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