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Brasil Juízes federais e do trabalho param em defesa de auxílio-moradia de 4,3 mil reais

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Juízes federais no Ceará fazem manifestação. (Foto: Reprodução)

Juízes federais fazem nesta quinta-feira (15) uma mobilização nacional em defesa do recebimento de auxílio-moradia, após o STF (Supremo Tribunal Federal) ter marcado para o dia 22 deste mês o julgamento sobre a manutenção ou não do benefício, hoje no valor de R$ 4,3 mil. A mobilização foi organizada pela Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) e outras entidades de classe jurídicas também aderiram ao movimento, como a Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho), a ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) e a ANP (Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho).

Ocorrem atos conjuntos em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Salvador, Belém, Porto Alegre e no Distrito Federal. Em outras 12 capitais, entidades representativas regionais também fazem manifestações. Devido à mobilização, algumas varas funcionam em regime de plantão.

Magistrados e procuradores defendem o direito a receber o auxílio-moradia mesmo nos casos em que os beneficiados possuem residência própria na cidade em que trabalham. Eles argumentam que a verba serve como compensação à defasagem inflacionária dos subsídios, que não são reajustados desde 2015.

Outro argumento do movimento é o de que o avanço contra o auxílio-moradia faz parte de um “ataque insidioso e forte retaliação, agora já não disfarçada, em razão de sua atuação técnica e isenta no cumprimento de suas funções constitucionais, notadamente no que atine ao combate à corrupção endêmica”, diz no movimento em nota.

Uma decisão liminar (provisória) do ministro Luiz Fux, proferida em setembro 2014, garantiu o pagamento do auxílio-moradia a todos os juízes do país, estaduais ou federais, independentemente de terem residência própria ou não. Ele entendeu que o benefício está previsto na Lei Orgânica da Magistratura. O mérito dessa decisão é que irá a julgamento no plenário do STF em 22 de março.

Como não é considerada oficialmente como remuneração, o auxílio não entra no cálculo do teto constitucional vigente sobre o salário de todos os servidores públicos, que não pode ultrapassar os proventos recebidos por ministros do STF, atualmente de R$ 33,7 mil.

Em decorrência de benefícios como o auxílio-moradia, praticamente em todos os tribunais do País há magistrados que recebem acima do teto, mostram dados sobre as folhas de pagamento recentemente divulgados pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Nem todos os membros da magistratura brasileira aderiram ao movimento. No início do mês, o Conselho dos Tribunais de Justiça, composto pelos presidentes das justiças estaduais, criticou o movimento dos juízes federais, embora tenha defendido a manutenção do auxílio-moradia. A Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal disse que irá acionar o CNJ para que puna os magistrados que não foram trabalhar nesta quinta-feira.

“A magistratura federal vem enfrentando nos últimos anos – período que coincide com essas operações de combate à corrupção – ações que pretendem quebrar a essência de sua atuação”, diz o juiz federal Thiago Mesquita Teles de Carvalho, delegado da Associação dos Juízes Federais. Eles cita, como exemplo, projeto de lei de abuso de autoridade, que tramita no Congresso Nacional. “Esse projeto permite penalizar o juiz por uma interpretação da própria lei”.

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https://www.osul.com.br/juizes-federais-e-do-trabalho-param-em-defesa-de-auxilio-moradia-de-43-mil-reais/ Juízes federais e do trabalho param em defesa de auxílio-moradia de 4,3 mil reais 2018-03-15
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