Sábado, 22 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de outubro de 2015
Documentos confirmam iniciativas para tentar impedir a transmissão de dados relacionados à Operação Lava-Jato ao Brasil. No dia 15 de julho, os juízes federais suíços Stephan Blättler, Patrick Robert-Nicoud e Nathalie Zufferey Franciolli, do Tribunal Federal Suíço, derrubaram uma ação de pelo menos três pessoas de reverter o congelamento de suas contas. Os nomes não foram revelados. Os juízes federais suíços fazem referências à Petrobras e à Lava-Jato. Eles utilizam a letra “D” para se referir ao nome da empresa brasileira sob investigação.
“Várias pessoas dentro da empresa ‘D’, de suas filiais assim como partidos políticos e empresas com relação com a ‘D’ são alvos de uma investigação”, garantiu o julgamento. “Entre as pessoas está ‘E’ e seus dois filhos. ‘F’ e ‘A’ também são alvos da enquete brasileira”, confirma o documento. Uma vez mais, as letras se referem a indivíduos sob suspeita, mas não representam suas iniciais. Eles tentaram impedir o congelamento de seus ativos na Suíça, sem sucesso.
Também em julho, os juízes federais suíços derrubaram mais um recurso de duas pessoas que acionaram a Justiça contra o bloqueio de seus bens, relacionados com a Lava-Jato. A investigação havia sido aberta em 4 de setembro de 2014 por lavagem de dinheiro. “No mesmo dia, foi solicitado ao banco ‘D’ de Genebra a produção da totalidade da documentação bancária relativa à conta n 1 aberta no nome de ‘A’, tendo ‘B’ como detentora de direitos econômicos”, indicou o documento. As letras ‘D’, ‘A’ e ‘B’ se referem a pessoas e empresas cujos nomes ainda não podem ser revelados. Mas não se referem a suas iniciais. No dia 2 de março de 2015, “tanto a ‘A’ como ‘B’ formaram um recurso, que acabaria sendo derrubado”. (AE)