Terça-feira, 30 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de setembro de 2025
Atriz falou sobre a preparação para viver a contraventora Leila Fernandez
Foto: Divulgação/NetflixJuliana Paes se prepara para estrear em mais uma superprodução da Netflix: a série Os Donos do Jogo. Com estreia marcada para 29 de outubro, a série retrata de forma ficcional o mundo da contravenção carioca e a personagem da atriz, Leila Fernandez, é esposa de um dos bicheiros da cúpula do jogo.
“Ela é esposa de um dos desses chefes mafiosos, só que ela não é uma pessoa passiva, que está ali como mera coadjuvante dos acontecimentos — na verdade ela participa ativamente de todos os acontecimentos. É como num jogo de xadrez, os passos que ela dá determinam e modificam completamente a trajetória dessa trama”, diz Juliana em entrevista à Quem.
Em clima de máfia, na produção, a legalização dos jogos de azar está iminente, o que faz com que novas famílias queiram entrar para a contravenção. “Nessa corrida e nesse desejo de ter uma fatia desse bolo, que é recheado, surge o personagem do Profeta [André Lamoglia], um aspirante a esse trono do poder”, conta.
Apesar de ser uma série puramente ficcional, Os Donos do Jogo é baseada num mundo bem real, que é a contravenção no Rio de Janeiro. Mesmo assim, Juliana conta que não se inspirou em nenhuma figura específica do crime carioca, pois, ao contrário da realidade machista do ‘bicho’, Leila é quem dá as cartas na família Fernandez. “Ela escolheu aquilo tudo com frieza, sabe muito bem o que está fazendo e o que quer. Sabe o tamanho dos crimes que está cometendo, o tamanho dos perigos onde está se metendo”, adianta.
Comandada pelo capo Galego Fernandez (Chico Diaz), a família representa a velha-guarda do bicho, com todas as suas tradições e conquistas. Ao lado da esposa, do filho Santiago (Henrique Barreira) e do irmão Xavier (Otávio Muller), tenta manter o poder a todo custo, mesmo diante das ameaças crescentes e dos segredos que vêm tanto de fora quanto de dentro de casa.
“Já vi alguns documentários que trazem esse universo muito claramente e ele também está no noticiário, no dia a dia, mas quando a gente vê as personagens femininas desse universo… O mundo da contravenção é o puro suco do Brasil no sentido do machismo; esse é um mundo muito machista e patriarcal. Nesse sentido, a Leila é a personagem mais ficcional da história toda, porque ela é muito diferente das mulheres que vejo retratadas nesses documentários do cotidiano, ela tem uma grande participação no negócio”, diz.