Domingo, 12 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de fevereiro de 2016
A Justiça Federal no Rio de Janeiro decidiu, na quinta-feira, que o presidente afastado da construtora Andrade Gutierrez, Otávio de Azevedo, pode voltar a cumprir prisão domiciliar em SP. A decisão é do juiz Marcelo Bretas, da 7 Vara Criminal do RJ, o mesmo que mandou prender o executivo na quarta-feira, cinco dias após ele ter deixado a prisão.
A decisão anterior para o cumprimento da prisão domiciliar foi tomada pelo juiz federal Sérgio Moro, que seguiu o que estava previsto no acordo de delação premiada fechado pelo empresário com a Procuradoria-Geral da República. Azevedo tinha voltado à cadeia porque havia um segundo mandado de prisão. A Justiça Federal no RJ entendeu que a decisão de Moro não valia para as investigações da Operação Lava- Jato que estão sendo feitas no Estado. Essas apurações tratam das fraudes em obras da Eletronuclear. Logo, Bretas considerou que Azevedo poderia sair da cadeia.
O juiz acolheu os argumentos do advogado do empreiteiro, Juliano Bredas, que entrou com pedido de revogação da prisão. A apuração sobre a Eletronuclear tramitava no Supremo Tribunal Federal, mas, em outubro do ano passado, o relator da Lava-Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki, entendeu que o caso não está relacionado diretamente ao esquema de corrupção na Petrobras. (AG)