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Polícia Justiça decide que ex-marido irá a júri popular pela morte de juíza a facadas no Rio

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Casamento em agosto de 2009: cena contrasta com a tragédia que marcou a história da família. (Foto: Álbum de família)

A Justiça do Rio decidiu, nesta segunda-feira (21), que o engenheiro Paulo José Arronenzi irá a júri popular pela morte da ex-esposa, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi. A magistrada foi assassinada a facadas na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, às vésperas do Natal de 2020. Na ocasião, Paulo José estava indo buscar as três filhas que teve com Viviane, que passariam a data comemorativa com ele. As crianças, uma de 10 anos e duas gêmeas de 7 anos, presenciaram o crime.

O juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, titular da 3ª Vara Criminal da Capital, aceitou a denúncia por homicídio qualificado oferecida pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ), por intermédio da 2ª Promotoria de Justiça. O magistrado manteve a prisão preventiva do engenheiro, que foi detido por guardas municipais ainda no local do crime. O juiz pontuou que, como o réu tem parentes na Itália, o risco de fuga seria aumentado. Além disso, ainda no entender de Abrahão, Paulo José poderia coagir testemunhas caso fosse concedida a liberdade.

Na decisão, o juiz destaca que o crime, “cometido mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima”, foi de feminicídio. “Há indícios de que houve na hipótese o que se convencionou chamar de feminicídio, eis que cometido contra mulher por razões de sexo feminino, em contexto de violência doméstica e familiar, na presença física das três filhas do casal”, escreveu Alexandre Abrahão.

A expectativa do Ministério Público é de que o engenheiro vá a julgamento ainda este ano. Na denúncia, os promotores afirmam que “o réu ficou inconformado com o término do relacionamento, especialmente pelas consequências financeiras na sua vida”. Segundo o MP, Viviane costumava ajudar o então companheiro com valores em dinheiro enquanto os dois ainda eram casados. A Promotoria frisa ainda o “meio cruel utilizado, uma vez que as múltiplas facadas no corpo e no rosto da vítima lhe causaram intenso sofrimento físico”.

Em depoimento, a mãe da juíza contou que praticamente só falava com a filha por telefone durante os 11 anos em que Viviane e Paulo José se relacionaram. De acordo com ela, o engenheiro mantinha a então esposa isolada do resto da família, bem como as filhas do casal. Em setembro do ano passado, a magistrada propôs a separação em virtude do comportamento violento do companheiro.

Ao ser ouvido durante a investigação, um irmão de Viviane confirmou o histórico de violência do cunhado. Ao depor, ele também destacou o fato de que Paulo José não assumia nenhuma das despesas da família. Outros parentes e amigos da juíza também ofereceram relatos semelhantes.

Também constam no processo as informações fornecidas por testemunhas que presenciaram o crime. Elas contam que tiveram a atenção despertada por um comportamento estranho do engenheiro, que andava de um lado para o outro na calçada enquanto aguardava a ex-esposa com as filhas. Assim que Viviane chegou, Paulo José, que levava uma mochila com várias facas, deu início ao ataque.

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