Segunda-feira, 06 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de novembro de 2015
A Justiça Federal de Curitiba (PR) condenou nesta terça-feira (03) executivos e ex-executivos da Mendes Júnior, empreiteira investigada na Operação Lava-Jato por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O juiz federal Sérgio Moro sentenciou um dos herdeiros da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, a 19 anos e quatro meses de prisão.
A empreiteira foi condenada a pagar uma multa de 31,5 milhões de reais, o mesmo valor da propina que a companhia pagou à Diretoria de Abastecimento da Petrobras, de acordo com o juiz. O executivo foi condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Cunha Mendes foi vice-presidente da empreiteira da sua família até ser preso pela Lava-Jato, em 14 novembro do ano passado, na sétima fase da operação. Após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), Mendes está em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
A empreiteira é acusada de pagar suborno em cinco obras da Petrobras, como o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) e a Replan, em Paulínea (SP). Boa parte das acusações foram baseadas em depoimentos do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, que relatou o suborno após fechar um acordo de delação premiada.
Rogério Cunha Costa – ex-diretor da área de óleo e gás da Mendes Júnior – foi condenado a 17 anos e quatro meses. O engenheiro Alberto Elíseo Vilaça Gomes, que assinou contratos com a Petrobras, foi sentenciado a dez anos de prisão. O operador Enivaldo Quadrado, que já havia sido condenado no mensalão, foi sentenciado a sete anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro. (Folhapress)