Quinta-feira, 15 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 30 de julho de 2019
O juiz da 10º Vara Federal de Brasília, Vallisney de Oliveira decidiu manter presos os quatro suspeitos de invadirem os celulares do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Além de Moro, o procurador Deltan Dallagnol e outras autoridades foram hackeadas, conforme a Polícia Federal.
Nesta terça-feira (30), aconteceu a audiência de custódia. O juiz ouviu os depoimentos de abuso e maus-tratos de policiais contra os suspeitos Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Priscila de Oliveira. Após os relatos, ele permitiu que Suelen deixasse a Penitenciária Feminina do Distrito Federal e fosse levada à sede da PF no aeroporto de Brasília.
Gustavo Henrique Elias Santos disse ter sido agredido verbalmente durante várias vezes pelos policiais federais desde que entraram em sua casa. Segundo Santos, ele estava dormindo pelado e as autoridades não deixaram nem ele colocar roupa. Além de não permitirem ele entrar em contato com seu advogado.
Suelen Priscila de Oliveira, também relatou ter enfrentado maus-tratos e abusos, no qual disse que os policiais o ofenderam e proibiram de tomar água e utilizar o banheiro.
De acordo com o advogado de defesa de Gustavo e Suelen, Ariosvaldo Moreira, os planos são que os dois sejam soltos até está quinta-feira (1º), já que Walter Delgatti Neto confessou o crime. Danilo Cristiano Marques também deve ser solto, pois ele nega ter envolvimento na invasão dos celulares.
Danilo Cristiano Marques e Delgatti Neto, que também estão presos, não falaram nada sobre problemas relacionados à agressão física ou mental por parte da polícia. Essas audiências são realizadas com o objetivo de investigar se os presos estão sendo tratados conforme seus direitos.