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Brasil A Justiça negou o pedido de Eduardo Cunha para impedir a divulgação de um livro escrito com o seu nome

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Decisão unânime foi tomada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio.(Foto: Reuters)

A Justiça do Rio negou o pedido do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB) para impedir a divulgação do livro “Diário da Cadeia – com trechos da obra inédita Impeachment”, de Ricardo Lísias. O autor assinou a obra com o pseudônimo Eduardo Cunha e o ex-deputado dizia que o livro maculava sua honra.

Preso em Curitiba durante a Operação Lava Jato, Cunha entrou com mandado de segurança para pedir o fim da divulgação, o que foi negado por unanimidade pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio.

“Na verdade, trata-se de uma obra literária de ficção, a qual tem como pano de fundo a realidade política brasileira. Em uma análise preliminar, conclui-se que não houve anonimato, vedado pela Constituição Federal, e sim a utilização de um pseudônimo em uma obra ficcional”, diz o relator.

Em março, antes do lançamento, a venda chegou a ser suspensa pela juíza Ledir Dias de Araújo, da 13ª Vara Cível do Rio de Janeiro, em liminar (decisão provisória). A magistrada havia estabelecido multa diária de R$ 400 mil em caso de descumprimento da decisão. E também determinado a retirada de informações do livro do site da editora Record, o que já foi retomado.

Cabeça de Temer

Preso há quase nove meses em Curitiba, o notório Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados e conhecido operador dos esquemas de corrupção do PMDB, negocia com o Ministério Público os termos de um acordo de delação premiada que promete selar o destino do presidente Michel Temer.

Na negociação com a Lava-Jato, Cunha prometeu entregar a cabeça de Temer: em pelo menos dez dos 130 capítulos de sua proposta de delação, o ex-deputado se dispõe a narrar histórias que mostram que o presidente não só sabia dos esquemas de corrupção montados no coração do governo nos anos Lula e Dilma como tinha poder de mando sobre eles, além de se beneficiar diretamente das propinas pagas por empresas parceiras do PMDB.

O acordo, que nos próximos dias entrará na fase decisiva de negociação, é visto pela Procuradoria-Geral da República como peça importante para compor as investigações das quais o presidente é alvo. No entender dos investigadores, como partícipe privilegiado da máquina de corrupção montada pelo PMDB no governo federal durante os anos de sociedade do partido com o PT, Cunha tem condições de trazer à luz elementos que possam ajudar a esquadrinhar a cadeia de comando do esquema.

Os representantes do ex-deputado já informaram aos auxiliares de Janot que, além dos relatos que complicam a situação de Temer, ele promete aniquilar os dois ministros mais próximos do presidente: Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). “Ele acaba com o Temer, com Padilha e com o Moreira”, disse, sob a condição de anonimato, um interlocutor de Cunha que participa das tratativas.

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https://www.osul.com.br/justica-nega-o-pedido-de-eduardo-cunha-para-impedir-divulgacao-de-livro-escrito-com-o-seu-nome/ A Justiça negou o pedido de Eduardo Cunha para impedir a divulgação de um livro escrito com o seu nome 2017-07-26
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