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Mundo Justiça rejeita recurso de uma mulher transexual presa em penitenciária masculina na Inglaterra

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Tara Hudson foi condenada a 12 semanas de cárcere em uma prisão masculina, mas diz que tem sofrido ameaças de abusos sexuais por parte de outros prisioneiros. (Foto: Reprodução)
Petição exigindo que Tara Hudson seja   transferida para uma prisão feminina foi criada no site Change.org. (Foto: Reprodução)

Petição exigindo que Tara Hudson seja transferida para uma prisão feminina foi criada no site Change.org. (Foto: Reprodução)

Tara Hudson, 26 anos, uma mulher transgênero inglesa que foi condenada a cumprir pena em uma prisão masculina em Bristol, no Reino Unido, teve o recurso à sentença negado e permanecerá atrás das grades. Segundo a imprensa local, os juízes da cidade, situada a cerca de 200 quilômetros a oeste de Londres (Inglaterra), negaram o recurso, sob a justificativa de que ela teria um “registro criminal preocupante”.

Abusos na cadeia. 

Ela  foi condenada a 12 semanas de cárcere após dar uma cabeçada em um gerente de um bar em Bristol. Entretanto, ela denunciou que, nos últimos dias, tem sofrido ameaças de abusos sexuais por parte de outros prisioneiros. De acordo com a detenta, colegas de cela pedem que ela “mostre seus peitos”. Em sua última audiência, seu advogado, Nicholas Wragg, afirmou que a cliente está “assustada” e “perturbada” em virtude da atual condição e que tem passado “tempos terríveis” na prisão masculina, ficando trancada em sua cela ao menos 23 horas por dia.
Diante do tribunal, mais de 30 manifestantes se reuniram com cartazes e frases como “trans lives matters” (“vidas trans importam”).

Transferência. 

A mãe de Tara declarou que estava amargamente desapontada com a decisão e pediu que o serviço prisional encaminhasse sua filha para uma prisão feminina imediatamente. O caso chamou atenção da imprensa internacional e uma petição exigindo que ela seja transferida para uma prisão feminina foi criada no site Change.org, contando com mais de 125 mil assinaturas até agora. Há seis anos, Tara iniciou o processo de transição de gênero. Contudo, ela ainda é registrada legalmente como homem em seu país e tem em seus registros mais de oito passagens pela polícia.

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