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Mundo Kamala Harris oficializa sua candidatura à Presidência dos EUA: os 3 desafios que marcaram o seu mandato como vice de Joe Biden

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Segundo ela, a sigla “tem os recursos e a experiência” para lidar com uma tentativa de subversão do resultado. (Foto: Reprodução/Instagram)

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris , alcançou o número de votos de delegados eleitorais para garantir sua nomeação como candidata do Partido Democrata na eleição presidencial em novembro. Kamala era a única concorrente do partido a disputar os votos de delegados após o presidente Joe Biden abrir mão da candidatura, em julho.

O Partido Democrata anunciou que 3.923 de seus delegados – 99% do total – planejam votar nela. Se ela derrotar Donald Trump, o candidato republicano, será a primeira mulher presidente dos Estados Unidos.

Apesar do êxito em confirmar sua candidatura, Kamala nem sempre contou com amplo apoio entre os democratas. Aliás, ela passou os últimos três anos e meio tentando aplacar seus críticos, depois de um começo de mandato problemático.

Seus defensores e detratores concordam que não é fácil desempenhar o cargo que ela ocupa.

O trabalho de vice muitas vezes se dá nos bastidores. Suas vitórias acabam sendo creditadas à presidência, enquanto erros e fracassos da Casa Branca caem na conta do vice.

Assim que tomou posse como vice-presidente, Kamala precisou tomar para si algumas das tarefas mais complicadas do governo Biden, como a questão migratória, o direito ao aborto e a reforma eleitoral.

Kamala Harris foi pioneira em muitos aspectos. Ex-procuradora-geral da Califórnia, ela foi a primeira mulher a ocupar o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos e também a primeira pessoa afro-americana e de ascendência asiática a ocupar o cargo.

Veja a seguir alguns dos desafios que Kamala precisou enfrentar como vice-presidente dos Estados Unidos.

* A fronteira, seu maior desafio

A crise migratória foi a primeira grande missão de Kamala – e também o tema que mais prejudicou sua popularidade.

Em 2021, o presidente Biden colocou em suas mãos uma tarefa de alta importância. Ela deveria abordar as causas profundas da migração de pessoas sem documentos para os Estados Unidos, vindas de países centro-americanos.

Era um momento complicado. Os migrantes se acumulavam em números recordes na fronteira entre o México e os Estados Unidos. Muitos deles vinham de El Salvador, Guatemala e Honduras – o chamado Triângulo Norte da América Central.

O governo americano procurava deter este fluxo, ao mesmo tempo em que revogava algumas das políticas mais draconianas do governo Trump.

A tarefa era considerada difícil, mas administrável, segundo o correspondente da BBC nos Estados Unidos, Anthony Zurcher, quando Harris completou um ano no cargo. Biden havia desempenhado um papel similar como vice-presidente, no governo Barack Obama (2009-2017).

Mas outras pessoas assumiram as questões referentes à imigração, e a segurança da fronteira ficou sob responsabilidade de Harris. Os dois temas representam grandes desafios para o governo americano há décadas.

Ela demorou seis meses para visitar a fronteira com o México. A demora gerou críticas dos republicanos e também de alguns democratas. Sua viagem ao México e à Guatemala foi comprometida por uma entrevista concedida ao jornalista Lester Holt, da rede de TV americana NBC.

Nela, a vice teve dificuldades para explicar a estratégia do governo em relação à crise migratória e minimizou o fato de não ter visitado a zona fronteiriça antes.

Desde então, Kamala Harris virou alvo de duras críticas republicanas em assuntos de fronteira.

* O direito ao aborto, sua bandeira

As críticas devido à crise migratória podem ter levado Kamala Harris a manter um perfil mais discreto, mas outra das tarefas delegadas por Biden ofereceu a ela um papel mais proeminente.

Em 2022, a Suprema Corte americana decidiu revogar a proteção constitucional do direito ao aborto, anulando a histórica sentença de 1973, conhecida como o caso Roe vs. Wade, que servia de precedente legal para o direito.

Foi então que Kamala abraçou o direito ao aborto e, de forma geral, os direitos das mulheres.

Desde então, o aborto se tornou um dos principais temas para os democratas – e a vice-presidente passou a ser uma voz de referência no assunto.

No ano que se seguiu à anulação da sentença do caso Roe vs. Wade, Kamala se reuniu com líderes de 38 Estados. Ela prometeu priorizar os direitos reprodutivos e o livre acesso ao aborto durante as eleições de meio de mandato, realizadas em 2022.

Os democratas se saíram inesperadamente bem naquela eleição. O aborto passou a ser o assunto mais importante para 27% dos americanos, ficando atrás apenas da inflação.

Com isso, 59% dos eleitores garantiram que o aborto continuasse legalizado, o que foi uma grande vitória para o programa democrata e para a vice-presidente em particular.

* O trabalho de bastidores

Outra missão importante delegada por Biden a Kamala foi a de liderar as iniciativas do governo para tentar aprovar uma lei sobre o direito ao voto.

Depois das acusações infundadas de fraude apresentadas por Donald Trump nas eleições presidenciais de 2020, alguns Estados controlados por republicanos aprovaram leis para inibir as iniciativas de facilitar a votação, como o voto pelo correio.

O presidente Biden qualificou a iniciativa de “um assalto à nossa democracia”. E Kamala assumiu a tarefa de liderar as reformas. Mas a oposição republicana unificada e as ações de alguns democratas fizeram com que os esforços da vice-presidente fossem condenados ao fracasso.

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