Brasil Laudo diz que turista gaúcha foi estuprada antes de ser assassinada no Rio de Janeiro
Por Redação O Sul | 15 de dezembro de 2018
O laudo do Instituto Médico-Legal apontou que a turista gaúcha Fabiane Fernandes, de 30 anos, foi vítima de violência sexual antes de ser assassinada em uma trilha de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, no dia 18 novembro. A informação foi divulgada pelo G1 neste sábado (15).
Em entrevista ao portal de notícias, o delegado Renato Mariano, da 132ª DP (Arraial do Cabo), disse que Matheus Augusto da Silva, suspeito de ter cometido o crime, foi ouvido na manhã deste sábado. Ele negou as acusações, mas apresentou contradições em seu depoimento.
“Ele nega a todo momento. Porém, durante as declarações ele fornece alguns detalhes contraditórios e nós temos nos autos bastante elementos que levam a ele”, disse Mariano.
Fabiane desapareceu no dia 18 de novembro, e o corpo dela foi encontrado após três dias de buscas. Segundo a polícia, ela estava sem roupas e com lesões na cabeça e no corpo. Fabiane era natural do Rio Grande do Sul, mas residia há muitos anos em Florianópolis (SC).
Em novembro, a polícia já havia afirmado que a turista teve os ossos da face quebrados e morreu por traumatismo cranioencefálico. Faltava o resultado laudo para saber se havia material genético de outra pessoa no corpo de Fabiane, o que foi comprovado. O resultado do exame de DNA que vai confrontar o material genético encontrado em Fabiane com o de Matheus deve sair na próxima semana.
Nervosismo do suspeito
Testemunhas ouvidas pelo delegado relataram um comportamento de nervosismo do suspeito após o desaparecimento de Fabiane. Matheus foi preso na sexta-feira no interior de São Paulo. Ele, entretanto, foi visto em Cabo Frio logo após o desaparecimento de Fabiane com marcas de arranhões no braço.
“Na cidade de Cabo Frio, que é a cidade vizinha por onde ele deixou a região, ele foi visto em atitudes de muito nervosismo e com diversas marcas de arranhão nos braços, o que levantou suspeitas a ponto dos próprios funcionários da rodoviária nos auxiliarem com informações sobre o caso”, afirmou o delegado.
Mariano disse, ainda, que após analisar o celular de Fabiane, constatou que a última fotografia havia sido feita no lugar onde Matheus estava acampado na trilha.
“Nós percebemos que ela fez diversas selfies e a única fotografia onde uma segunda pessoa fez, produziu, foi exatamente no local do acampamento”, afirmou.
De acordo com o delegado, a mãe do suspeito ligou para um amigo dele, que estava em Arraial do Cabo, perguntando o motivo pelo qual ele chegou em São Paulo muito nervoso. Ao G1, Matheus se disse inocente e afirmou que aguarda o resultado do exame de DNA.
