Terça-feira, 09 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de dezembro de 2025
Eleito Artista do Ano pela revista Time, o ator de 51 anos fala sobre equilíbrio entre vida pública e pessoal e comenta futuro da sétima arte
Foto: Reprodução/InstagramO ator Leonardo DiCaprio, 51 anos, afirmou que ainda busca encontrar o equilíbrio entre vida pública e privacidade, mesmo após mais de três décadas como um dos nomes mais conhecidos de Hollywood. Em entrevista à revista Time, após ser eleito Artista do Ano, o astro explicou que procura se manter longe dos holofotes e só aparecer quando considera realmente necessário.
“É um equilíbrio que venho administrando durante toda a minha vida adulta e ainda não sou especialista. Acho que minha filosofia é simples: só apareça quando tiver algo a dizer ou a mostrar. Caso contrário, desapareça o máximo que puder”, disse.
DiCaprio relatou que a exposição excessiva após o sucesso estrondoso de Titanic (1997) o motivou a refletir sobre como manter uma carreira longeva no cinema. “Eu pensava: ‘Como ter uma carreira longa? Porque eu amo o que faço, e sinto que a melhor maneira de ter uma carreira longa é sair da vista das pessoas’”, afirmou.
O vencedor do Oscar também comentou sobre o avanço da inteligência artificial (IA) no cinema e em outras áreas criativas. Ele reconheceu o potencial da tecnologia, principalmente para artistas em ascensão, mas ressaltou que a autenticidade da arte depende da participação humana.
“Pode ser uma ferramenta de aperfeiçoamento que ajude um jovem cineasta a fazer algo que nunca vimos antes. Mas acho que qualquer coisa que vá ser considerada arte de verdade precisa vir do ser humano. Caso contrário… você ouve essas músicas que são mashups incríveis — ‘Michael Jackson cantando The Weeknd’, ou um funk do A Tribe Called Quest na voz de Al Green — e são ótimos. Você pensa: ‘Legal’. Mas ganham 15 minutos de fama e desaparecem no meio do lixo da internet. Não têm essência. Não têm humanidade, por mais brilhantes que sejam.”
DiCaprio acrescentou que não acredita ser possível prever qual será a próxima grande revolução na sétima arte. “Fiquei pensando outro dia: qual será a próxima coisa realmente chocante no cinema? Já vimos muitas viradas e alguns diretores hoje são tão talentosos, trabalhando em diversas áreas ao mesmo tempo. O que será que vai abalar e surpreender as pessoas cinematicamente?”, questionou.