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LEVY NA ZONA DE RISCO

Joaquim Levy

A 5 de dezembro do ano passado, o governo enviou documento ao Congresso Nacional, reduzindo a projeção oficial de 2015 para o Produto Interno Bruto (PIB), de 2 por cento para 0,8. O projeto inicial era de crescimento econômico de 3 por cento. A revisão integrava a estratégia de Joaquim Levy e Nelson Barbosa, que preparavam ingresso nos ministérios da Fazenda e do Planejamento a partir de 1º de janeiro. Os dois pretendiam trabalhar com metas realistas e possíveis de serem cumpridas. Fonte do Palácio do Planalto comentou que “tinha chegado ao fim a era dos levantadores de índices”, numa crítica à equipe do ministro Guido Mantega.

O PIB, que é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, terminará o ano com tombo de 3 por cento. Só não será pior do que o recuo da Rússia, estimado em 3,8 por cento.

O desempenho da economia durante o segundo trimestre deixou o Brasil na 33ª posição em lista de 35 países, segundo ranking elaborado pela agência de classificação de risco Austin Rating. A China liderou com crescimento de 7 por cento, seguida por Filipinas (5,6) e Malásia (4,9).

Empresários e economistas avaliam como danosos os efeitos de acrescentar novos tributos à produção estagnada e com redução severa de investimentos públicos, ao mesmo tempo em que o governo mantém a taxa de juros mais alta do mundo.

O prazo de validade do ministro Levy se esgota e ele dá as últimas cartadas. Se não apresentar alternativas concretas até a metade de janeiro, poderá limpar as gavetas do seu gabinete.

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