Brasil Líder do senado diz que manterá Coaf no Ministério da Justiça
Por Redação O Sul | 6 de maio de 2019
Nesta segunda-feira (6), o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo no Senado, disse que vai manter em seu relatório o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no Ministério da Justiça e Segurança Pública. A declaração foi dada por Bezerra após reunião feita esta manhã com o ministro da Justiça Sérgio Moro. A Coaf é uma unidade de inteligência financeira do governo federal que age e combate a lavagem de dinheiro.
“A gente vai manter o Coaf no Ministério da Justiça no nosso relatório. Agora é evidente que precisa fazer um trabalho de convencimento, de mobilização para que nessa matéria, que certamente será destacada no plenário da comissão, o governo possa construir a maioria para a manutenção do Coaf no Ministério da Justiça” disse Bezerra.
A medida provisória já está em tramitação em comissão especial, formada por deputados e senadores. O relatório precisa ter voto da maioria para aprovação. Depois de aprovado na comissão especial, a medida terá que passar por votação nos plenários da Câmara e do Senado. É necessário voto da maioria dos presentes na sessão para aprovação da medida e assim, então, convertê-la em lei.
De acordo com ele, Moro apoia a permanência da Coaf no Ministério da Justiça e diz estar empenhado para conseguir mais votos. “É preciso oferecer as razões, os argumentos para manutenção do Coaf aqui e acredito que daqui até quarta-feira, a gente tem uma chance boa de conseguir essa maioria” afirmou o parlamentar.
Na semana passada, Moro já tinha defendido a continuidade da Coaf e avisou que iria aumentar o número de servidores de 37 para 65 para ajudar a fortalecer o conselho.
Alguns parlamentares pedem que a Coaf seja transferida para o Ministério da Economia. Entre os que defendem, está o líder do Cidadania, Daniel Coelho (PE). Segundo o deputado, a transferência iria evitar que as investigações pudessem ferir garantias individuais.
“O sigilo fiscal do cidadão é uma questão de liberdades individuais. Então, não pode misturar isso com aqueles que tenham cometido corrupção. Quem cometeu corrupção, que abram as contas, que se quebre sigilo, que vá se investigar” afirmou Daniel Coelho.
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