Quinta-feira, 09 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de outubro de 2025
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou a “Lista Suja”, como é conhecido o Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão. A publicação dessa segunda-feira (6) inclui 159 empregadores, que tiveram 1.530 trabalhadores resgatados da exploração desde 2020.
O crescimento da lista foi de 20%, com 101 pessoas físicas e 58 pessoas jurídicas. Os estados com maior número de inclusões foram Minas Gerais (33), São Paulo (19), Mato Grosso do Sul (13) e Bahia (12). Entre as atividades econômicas, destacam-se a criação de bovinos para corte (20 casos), os serviços domésticos (15), o cultivo de café (9) e a construção civil (8). Do total, 16% das inclusões estão relacionadas a atividades econômicas do meio urbano.
O que é a “Lista Suja”
A “Lista Suja” é publicada semestralmente e tem como objetivo dar transparência aos resultados das ações fiscais de combate ao trabalho escravo, que envolvem a atuação de Auditoria Fiscal do Trabalho (AFT), Polícia Federal (PF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU) e, eventualmente, outras forças policiais.
Quando são encontrados trabalhadores em condição análoga à de escravo, são lavrados autos de infração para cada irregularidade trabalhista identificada, além de auto de infração que caracteriza a submissão de trabalhadores à exploração. A inclusão no Cadastro só ocorre após a conclusão de processos administrativos. Os nomes permanecem publicados por dois anos.
Nesta atualização, além das novas inclusões, foram excluídos 184 empregadores que já haviam completado esse período.
Como denunciar
Denúncias de trabalho análogo à escravidão podem ser feitas de forma remota e sigilosa por meio do Sistema Ipê, lançado em 15 de maio de 2020 pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O Sistema Ipê é a única plataforma exclusiva para o recebimento de denúncias relacionadas a condições análogas à escravidão e está totalmente integrado ao Fluxo Nacional de Atendimento às Vítimas do Trabalho Escravo. As informações são do jornal Extra.