Terça-feira, 10 de junho de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Lista tríplice só com mulheres para vaga do Tribunal Superior Eleitoral tem disputa por apoio de Janja e de ministros

Compartilhe esta notícia:

Um conselheiro de Lula no mundo jurídico acredita que o presidente deve optar por indicar o nome preferido da presidente do TSE. (Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE)

A escolha de uma lista tríplice formada exclusivamente por mulheres para uma cadeira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem provocado uma intensa disputa de bastidores dentro do governo. As advogadas Estela Aranha, que foi secretária no Ministério da Justiça, e Vera Lúcia Araújo, que já atua como ministra substituta da Corte, despontam como favoritas e se articulam na busca de apoios no mundo político. A escolha caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um dos trunfos buscado por elas é a chancela da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, que costuma influenciar o marido.

Na lista aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) consta também a desembargadora Cristina Maria Neves, do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF). Procuradas, elas não quiseram comentar a disputa pela vaga.

Estela é, até agora, quem mais conseguiu reunir defensores de sua escolha entre nomes próximos a Lula. Um deles é o de Edinho Silva, ex-ministro e favorito para assumir a presidência do PT no mês que vem. Em conversas com integrantes do governo, o ex-prefeito de Araraquara (SP) tem argumentado que a atuação da advogada na área de direito digital pode ser útil ao tribunal durante as eleições do ano que vem, quando a expectativa é de uma disputa marcada por guerras virtuais.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também tem simpatia pelo nome de Estela, que após deixar o Ministério da Justiça ocupou um cargo de assessora especial da Presidência por alguns meses. Ela deixou o posto em março.

No Supremo, Estela é considerada a favorita da ministra Cármen Lúcia. A atual presidente do TSE, contudo, evita tomar lado e tem afirmado nos bastidores que avalia bem também as duas outras candidatas. Outro a apoiar a ex-secretária de Direito Digitais na Corte é o ministro Flávio Dino, com quem atuou no Executivo.

Já Vera Lúcia conta com o apoio nos bastidores do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e do Prerrogativas, grupo de advogados simpáticos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ganhou projeção com críticas à Operação Lava-Jato. Como Estela também faz parte do grupo, o Prerrogativas tem evitado, porém, assumir uma posição pública em favor da ministra substituta do TSE

Um conselheiro de Lula no mundo jurídico acredita que o presidente deve optar por indicar o nome preferido da presidente do TSE. Esse advogado lembra que já houve um precedente nesse sentido, em maio de 2023, quando o petista escolheu Floriano de Azevedo Marques Neto e André Ramos Tavares, ambos próximos do então presidente da Corte Eleitoral, Alexandre de Moraes.

Ainda nas palavras do conselheiro do presidente, alguns ministros do governo já perceberam esse cenário e, por isso, decidiram não atuar em favor de nenhum dos três nomes, já que o movimento seria inútil. A expectativa é que o presidente bata o martelo na próxima semana, quando voltar da França.

As três integrantes da lista passaram a cumprir o roteiro tradicional feito por postulantes às vagas nos tribunais superiores de Brasília. Já visitaram gabinetes de ministros do STF e têm marcado presença em eventos frequentados pela cúpula do Judiciário. Todas elas foram recebidas pelo ministro Cristiano Zanin, primeiro indicado de Lula para o Supremo em seu terceiro mandato e considerado um nome influente neste tipo de escolha.

Na terça-feira, Estela esteve presente em um evento em homenagem ao ministro Alexandre de Moraes no TSE. A solenidade contou com diversas autoridades, como o advogado-geral da União, Jorge Messias, além da cúpula do Congresso e dos ministros do STF.

Defensores da indicação de Vera Lúcia argumentam que, ao escolhê-la, Lula poderia capitalizar o fato de nomear a primeira mulher negra como ministra titular do TSE. Há duas semanas, ao chegar para participar de um evento do governo federal, a ministra foi alvo de racismo. Após apresentar as credenciais de palestrante e mostrar a carteira funcional de ministra substituta do TSE, Vera Lúcia não obteve permissão para ingressar no evento e foi destratada por um agente de vigilância.

A lista tríplice só com mulheres foi uma iniciativa de Cármen Lúcia — que emplacou os nomes na semana passada, em votação no STF. A medida tem como pano de fundo o calendário de mandatos do TSE e as eleições no ano que vem. Isso porque não só ela deixará o tribunal às vésperas do pleito — seu mandato termina em agosto de 2026 — como a outra ministra integrante da Corte Eleitoral atualmente, Isabel Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), também terá concluído seu mandato na ocasião.

Há ainda uma segunda relação de nomes que precisará ser escolhida por Lula — esta composta pelos nomes de três advogados, dois deles atualmente ministros titulares da Corte. André Ramos Tavares e Floriano de Azevedo Marques foram nomeados para o TSE em 2023. As informações são do portal O Globo.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Em visita à sede da Interpol, Lula silencia sobre Carla Zambelli
Governo Lula vai à Justiça contra crítica de Ciro Gomes
https://www.osul.com.br/lista-triplice-so-com-mulheres-para-vaga-do-tribunal-superior-eleitoral-tem-disputa-por-apoio-de-ministros-e-de-janja/ Lista tríplice só com mulheres para vaga do Tribunal Superior Eleitoral tem disputa por apoio de Janja e de ministros 2025-06-09
Deixe seu comentário
Pode te interessar