Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de setembro de 2020
Quando a pandemia da Covid-19 for controlada, talvez com uma vacina eficaz, faz parte dos planos de Ronaldinho Gaúcho e das empresas que o patrocinam voltar a organizar eventos pelo mundo. Era isso o que ele fazia antes do aparecimento da doença e de sua prisão no Paraguai. Ele não perdeu prestígio junto aos patrocinadores.
A prisão de Ronaldinho em Assunção se deu justamente em uma dessas viagens, na qual ele iria participar do lançamento de um projeto da Fundação Fraternidade Angelical, da inauguração de um cassino e também promover a sua biografia, Gênio da vida. A empresária paraguaia que o contratou para isso continua fugitiva.
México, China, Portugal, Israel, Tailândia, Japão, Alemanha, Quênia, Rússia… e Paraguai. Essa é a lista de países que Ronaldinho Gaúcho visitou antes de ser preso em Assunção, no dia 6 de março. Quando a pandemia do novo coronavírus passar, o ex-jogador deve voltar a viajar pelo mundo para participar de eventos. Além de ele já ter admitido que gosta desse novo papel que assumiu desde quando pendurou as chuteiras, exibir a marca de seus patrocinadores virou importantíssima fonte de renda para Ronaldinho. Entre as empresas que contam com o astro nesse tipo de ação está a casa de apostas Betcris.
Legalmente, o ex-jogador está livre para ir a qualquer lugar depois de ficar quase seis meses preso no Paraguai junto com o irmão Assis e pagar multa de R$ 1,1 milhão à Justiça. “Não há nenhum impedimento para viagens. O resultado da suspensão do processo, com o pagamento da multa, é a absolvição”, disse Sérgio Queiroz, advogado do ex-jogador.
Durante o período em que esteve preso, Ronaldinho conseguiu manter patrocínios e campanhas online com sua imagem foram lançadas assim que ele voltou ao Brasil. O próximo passo, quando a disseminação da Covid-19 estiver controlada, serão ações com a presença do ex-jogador e de público.
“Ele nasceu como estrela mundial no período limite entre o analógico e o digital. E, apesar de ter uma legião de fãs de gerações seguintes devido ao seu futebol mágico, jogadores como ele possuem uma espécie de escudo que os eximem como ídolos de problemas de imagem. Deveria ser assim com todos. O ponto é que essa geração mais velha, que não nasceu na rede social e entende com mais facilidade alguns erros dos seus ídolos sem iniciar um movimento absurdo de ‘cancelamento’, também segue em suas redes sociais ídolos dessa geração atual, mas com um comportamento menos polarizado”, analisa Gustavo Herbetta, fundador e diretor de criação da LMID, agência de marketing esportivo.
Voltar a viajar significará retomar um velho hábito para Ronaldinho. Acostumado a rodar o mundo desde a adolescência – aos 17 anos, por exemplo, ele já vestia a camisa 10 da seleção brasileira no Mundial Sub-17 e foi o grande destaque da campanha do título conquistado no Egito -, Ronaldinho não escondeu os sinais de desgaste com o processo que o manteve no Paraguai por quase seis meses. Em junho, por exemplo, ele desabafou em entrevista ao jornal Mundo Deportivo, da Espanha. “Estão sendo 60 longos dias”, disse. O jogador mantém seus contratos mesmo após o episódio no Paraguai. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.