Segunda-feira, 19 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 27 de outubro de 2015
Enquanto Angélica terminava de se arrumar, Luciano Huck se oferecia para escolher o cenário da foto, na casa deles. O casal, que não costuma dar entrevista junto, falou sobre o acidente aéreo que sofreu quando voltava do Pantanal para o Rio de Janeiro, em maio. Na Globo desde 1999, ele comanda o “Caldeirão do Huck”.
Angélica, que chegou à emissora em 1996, hoje está à frente do “Estrelas”, onde entrevista celebridades. Os dois rejeitam o rótulo de casal 20 da TV. Juntos há 11 anos, pais de Joaquim, 10, Benício, 7, e Eva, 2, dizem que a vida deles “não é de comercial de margarina”, mas demonstram cuidado com a imagem. Na entrevista a seguir, os dois falam sobre política, futuro profissional e relacionamento.
Vocês compram o título de casal 20 da TV?
Luciano Huck – Nossa vida é tão normal. Você está na casa de uma família de fato, e não de comercial de margarina. Pode parecer, mas não é. A gente tem uma vida de verdade, um dia a dia de trabalho intenso. O mundo hoje é conectado e, quando não é verdadeiro, a máscara cai rápido.
Angélica – As pessoas sentem o que é real e o que não é. Nós não somos personagens.
O que mudou na vida de vocês após o acidente?
Huck – Tudo é recente. Ficamos na dúvida se daríamos esta entrevista. Estamos processando o que aconteceu e não queremos capitalizar em cima de uma coisa que foi violenta. Há um tempo de digestão. E estamos nesse processo. Não me sinto preparado para concluir nada sobre o que aconteceu.
Angélica – Muda dentro. Mudam os detalhes do cotidiano.
“Caldeirão” e “Estrelas” estão unidos na programação de sábado. Vocês fariam um programa juntos?
Angélica – Teria que ser algo diferente. Mas acho que os programas são abertos a novidades. Não teria problema em fazer alguma coisa com ele para esses dois produtos. Como somos um casal temos intimidade, e o público gosta de nos ver juntos.
Você tem vontade de se envolver com política?
Huck – Acho que eu não teria estômago para política. A gente já faz política. A política é tentar melhorar a vida de todo mundo. Teoricamente era para ser.
O que acham da campanha pelo impeachment da presidenta Dilma? Seria a solução?
Huck – Essa é uma conversa longa que não dá para editar em uma resposta. Tanto eu quanto Angélica temos uma responsabilidade com o que falamos. É um assunto delicado neste momento. O que eu sei é que se chegou a um ponto que está muito ruim para todo mundo.
Angélica – Acho que manifestações fazem parte da democracia, todo mundo quer o melhor. Quem tem filho fica desesperado, como é que vai ser o futuro e tal. E as crianças vivem esse medo, essa insegurança. Estamos em um momento assustador.
Vocês se mudariam do Brasil?
Huck – A gente tem um compromisso com o Brasil. A gente gosta daqui, a gente tem uma voz ouvida.
Angélica – Mas é muito triste ter um futuro assim para os filhos. Quero realmente que o futuro deles seja melhor do que isso.
Qual foi a melhor viagem que vocês fizeram juntos?
Huck – A última foi superimportante.
Angélica – Tem muita viagem legal. A lua de mel que a gente fez para a Europa quando eu estava grávida de dois meses. Foi importante porque a gente nem se conhecia direito. A gente estava namorando há seis meses. Só se conhece uma pessoa quando junta a nécessaire no banheiro do hotel.
Como vocês se dividem na educação das crianças?
Huck – Ela fica com a rotina. É uma mãe presente e lúcida. Um dos melhores trabalhos dela é ser mãe.
Angélica – Quando ele entra para brigar é uma coisa mais séria. (AG)