Sexta-feira, 13 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 11 de junho de 2025
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou nessa quarta-feira (11) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aceitou o convite para participar da sessão ampliada da cúpula do G7, no próximo dia 17, em Kananaskis (Canadá). O mandatário da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já pediu uma reunião com Lula durante o encontro.
Segundo informações da Globonews, ainda não havia uma resposta por parte do governo brasileiro sobre o encontro entre os dois.
Se confirmado o encontro com Zelenski, será a segunda reunião privada entre os dois. A primeira ocorreu às margens da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, em setembro de 2023, meses depois de um desencontro na cúpula do G7 em Hiroshima (Japão), em maio, ter impossibilitado uma reunião.
Na ocasião, os dois presidentes responsabilizaram um ao outro pelo cancelamento de uma conversa que teria sido agendada e não ocorreu. Lula disse que Zelenski “não apareceu”; o ucraniano, depois, afirmou que o brasileiro “não achou tempo” para se reunir com ele.
Lula assumiu o governo em 2023 com disposição de tentar se colocar como um possível mediador para o conflito iniciado um ano antes, quando a Rússia invadiu a Ucrânia.
O G7 é formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão. Lula foi convidado a participar do encontro este ano pelo anfitrião – o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney.
O Brasil não faz parte do grupo, no entanto, desde que retornou ao Palácio do Planalto, em 2023, Lula tem sido chamado a participar das reuniões.
Conforme o Palácio do Planalto, Lula entende que o Brasil pode participar de discussões sobre temas como segurança energética, minerais críticos, financiamento, inovação e tecnologia e Inteligência Artificial.
Em telefonema nessa quarta-feira (11) com Lula, o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, formalizou o convite ao brasileiro para o evento que ocorrerá na cidade de Kananaskis.
“(Lula) agradeceu e aceitou o convite, assinalando a contribuição positiva que o Brasil pode oferecer aos temas que serão debatidos no evento, entre eles segurança energética, minerais críticos, financiamento, inovação e tecnologia e inteligência artificial”, informou a assessoria da Presidência, em comunicado.
O Brasil participará da sessão ampliada da cúpula, com outros países convidados, que são África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e México. Já a cúpula principal terá os países-membros – Estados Unidos, Itália, França, Reino Unido, Japão, Canadá e Alemanha.
Os presidentes brasileiro e canadense também manterão encontro bilateral à margem da Cúpula do G7.
De sua parte, Lula convidou Carney para participar da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá em Belém (PA) em novembro, “recordando a experiência do chefe de governo canadense na área de financiamento climático”. De acordo com a nota, o primeiro-ministro elogiou a liderança brasileira e confirmou presença no evento na capital paraense.
“Ambos trataram, também, do potencial de fortalecimento das relações bilaterais, destacando a convergência entre Brasil e Canadá na defesa da democracia, do multilateralismo e do livre comércio”, completou o comunicado da Presidência.
Neste mandato, Lula foi convidado e participou de todas as cúpulas do G7 – no Japão em 2023 e na Itália em 2024.