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Por Redação O Sul | 4 de abril de 2016
Na tentativa de retomar as condições de governabilidade, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia lançar uma nova versão da “Carta ao Povo Brasileiro” caso o impeachment da presidenta Dilma Rousseff seja barrado no plenário da Câmara dos Deputados.
A ideia é que o documento proponha mudanças na atual política econômica, defenda reformas estruturais e faça um chamamento público a movimentos sociais e a setores empresariais. Em 2002, na campanha eleitoral em que foi eleito pela primeira vez presidente, o petista lançou o texto em uma tentativa de acalmar o mercado financeiro.
Segundo aliados de Lula, passada a crise do impeachment, Dilma terá de abrir um canal de diálogo com a sociedade e implementar mudanças administrativas caso queira chegar ao final do mandato.
A avaliação, também compartilhada pelo núcleo duro da petista, é que a sobrevivência final dependerá de Lula assumir um papel de “protagonismo” no comando do governo federal. Para eles, Dilma terá de creditar ao seu antecessor boa parte de uma eventual vitória sobre o impeachment e dividir com ele as rédeas da administração petista.
Nas palavras de um assessor presidencial, para provar que merece ficar no cargo até 2018, a presidenta terá de apresentar um “plano de governo em médio prazo”, incluindo reformas estruturais e políticas de geração de renda e emprego, o que tem sido chamado de “Plano Lula”. (Folhapress)