Sexta-feira, 13 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 17 de abril de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu comparecer à coroação do Rei Charles III, do Reino Unido, em 6 de maio. A viagem a Londres ainda pode ser estendida, de acordo com fontes diplomáticas, caso o petista consiga viabilizar um encontro com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.
O Palácio do Planalto e o Ministério das Relações Exteriores trabalham para definir os detalhes sobre a viagem.
Charles III assumiu o trono no Reino Unido após a morte de Elizabeth II, sua mãe e mais longeva rainha britânica. A viagem integra a estratégia do governo de alçar Lula à posição de um relevante negociador internacional. O presidente voltou no domingo (16) da China e embarca na noite desta quinta-feira (20) para agendas em Portugal e Espanha.
A viagem de Lula para Europa está dentro de um contexto de fortalecimento da presença do Brasil no cenário internacional. Desde o começo de seu terceiro mandato, o presidente já visitou países do Mercosul (Argentina e Uruguai), os Estados Unidos e a China, parceiros comerciais importantes do País.
O cerimonial do Ministério das Relações Exteriores, que cuida dos preparativos de viagens diplomáticas, já passou a se debruçar sobre a viagem ao Reino Unido – apenas um dia depois do retorno da viagem oficial à China e aos Emirados Árabes Unidos.
Lula já havia indicado a possibilidade de ir à coroação durante um café da manhã com jornalistas no início do mês. A decisão final, no entanto, é recente.
Até aqui, a previsão era de que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, fosse o representante diplomático na cerimônia.
Em outra frente, Lula foi convidado para participar da reunião do G-7 que acontecerá em maio. É a primeira vez, desde 2009, que o convite é feito. O G-7 é composto pelos Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Japão, Canadá e Reino Unido.
Rússia
Nesta segunda-feira (17), o presidente Lula recebeu, no Palácio da Alvorada, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, que cumpre agenda oficial em Brasília. O encontro foi reservado. Segundo o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, foi uma visita de cortesia. Após o encontro, Vieira falou a jornalistas na entrada da residência oficial e comentou sobre a disposição do governo brasileiro em ajudar a dialogar sobre o fim da guerra na Ucrânia.
“A conversa, tanto comigo como com o presidente, não entramos em questão de guerra. Entramos em questões de paz. O Brasil quer promover a paz, está pronto para arregimentar ou se unir a um grupo de países que estejam dispostos a conversar sobre a paz. Essa foi a conversa que nós tivemos”, afirmou. O ministro evitou comentar críticas de países ocidentais, especialmente dos Estados Unidos, sobre a posição brasileira em relação ao conflito. “O Brasil e a Rússia completam, este ano, 195 anos de relação diplomática, com embaixadores residentes”, destacou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, do portal de notícias G1 e da Agência Brasil.